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Dissertação
Eficácia de intervenções educativas realizadas em creches para melhorar as práticas de alimentação complementar em crianças entre 4 e 36 meses de idade: uma revisão sistemática
Hábitos alimentares saudáveis, que se iniciam com a introdução alimentar, tanto no ambiente domiciliar quanto na escola, podem gerar reflexos no crescimento e desenvolvimento das crianças. Nesse contexto, tanto as famílias quanto os profissionais que atuam nas creches são fundamentais para a form...
Autor principal: | Cardoso, Paloma Sodré |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/3184708398371079, https://orcid.org/0009-0000-0113-1895 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2024
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10427 |
Resumo: |
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Hábitos alimentares saudáveis, que se iniciam com a introdução alimentar, tanto no ambiente
domiciliar quanto na escola, podem gerar reflexos no crescimento e desenvolvimento das
crianças. Nesse contexto, tanto as famílias quanto os profissionais que atuam nas creches
são fundamentais para a formação de bons hábitos alimentares. Sendo assim, as ações
educativas realizadas nas creches para crianças que estão iniciando a alimentação,
envolvendo as famílias e profissionais, podem ser estratégicas para melhorar as práticas de
alimentação complementar. O objetivo deste estudo foi analisar as evidências científicas
sobre a eficácia de intervenções educativas realizadas em creches para melhorar as práticas
de alimentação complementar em crianças entre 4 e 36 meses de idade. Método: Foi
realizada uma revisão sistemática, cujo protocolo foi registrado na plataforma PROSPERO
CRD42022384704 e a busca por estudos relevantes foi realizada nas bases de dados
PUBMed, EMBASE, BIREME, Scopus, The Cochrane Library, CINAHL e ProQuest, sem
limitação de data ou idioma para responder à pergunta de pesquisa “Qual a eficácia de
intervenções educativas realizadas em creches para melhorar as práticas de alimentação
complementar em crianças entre 4 e 36 meses de idade?”. A seleção dos estudos foi realizada
por revisores independentes em duas etapas, primeiro a triagem de títulos e resumos e,
posteriormente, a leitura integral para identificar estudos que atendiam os critérios de inclusão.
Os achados foram sistematizados utilizando RevMan (Review Manager, 2020) e a ferramenta
GRADEpro-GDT© e relatados em uma revisão sistemática com apoio de tabelas e quadros.
Foram rastreados 3.385 estudos além da busca em citações e, a partir daí, esta revisão
sistemática identificou três Ensaios Clínicos Randomizados tipo cluster realizados na
Austrália, Espanha e Noruega, que corresponderam a 83 creches e 688 crianças avaliadas.
A análise mostrou que há evidência de que as intervenções educativas realizadas em creches
melhoraram a alimentação complementar, assim como o consumo de vegetais (RD médio
0,17, IC 95%: 0,05 a 0,30; 2 estudos, 106 crianças; evidência de qualidade muito baixa).
Houve evidências insuficientes para concluir se afetam o consumo de frutas, laticínios e
carnes. O envolvimento de diferentes atores sociais foram potencialidades para realização de
intervenções educativas. Os principais recursos a se considerar para implementação das
intervenções educativas foram pessoal treinado com conhecimentos sobre alimentação em
crianças, recursos educativos e para preparação de receitas, incluindo jogos, manuais,
cardápios, vídeos e materiais para websites. Considerando as diferenças sociais e culturais
que influenciam a alimentação das crianças e os cuidados das creches em todo o mundo,
novos estudos poderiam investigar elementos culturais e sociais para aumentar a aceitação e
implementação de práticas alimentares recomendadas nas creches, inclusive em contextos
de vulnerabilidade. |