Dissertação

Caracterização da diversidade genética de simulium limbatum e simulium incrustatum em áreas de floresta tropical e de Savana do Estado de Roraima, Amazônia brasileira

O foco amazônico de oncocercose abrange o norte do Brasil e o sul da Venezuela. Estes são os dois países da América Latina onde a transmissão da Oncocercose ainda é relatada. A eliminação da doença na América Latina é um dos principais desafios dos estudos atuais. A área do foco é o lar de cerca de...

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Autor principal: Conceição, Priscila Andrade
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4136697051001920
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2024
Assuntos:
Acesso em linha: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10534
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spelling oai:https:--tede.ufam.edu.br-handle-:tede-105342024-12-11T05:06:20Z Caracterização da diversidade genética de simulium limbatum e simulium incrustatum em áreas de floresta tropical e de Savana do Estado de Roraima, Amazônia brasileira Conceição, Priscila Andrade Luz, Sérgio Luiz Bessa http://lattes.cnpq.br/4136697051001920 http://lattes.cnpq.br/0216956794367944 Pessoa, Felipe Arley Costa http://lattes.cnpq.br/0065844952697911 CIENCIAS DA SAUDE CIENCIAS BIOLOGICAS Sistemática Simulídeos O foco amazônico de oncocercose abrange o norte do Brasil e o sul da Venezuela. Estes são os dois países da América Latina onde a transmissão da Oncocercose ainda é relatada. A eliminação da doença na América Latina é um dos principais desafios dos estudos atuais. A área do foco é o lar de cerca de 20.000 índios Yanomamis, e é caracterizado por diferentes ecótopos de florestas tropicais e savanas. Ao menos seis espécies de simulídeos foram descritas no local do foco e incriminadas como vetoras da oncocercose. No entanto a correta identificação desses vetores nem sempre ocorre, logo, as espécies Simulium limbatum e Simulium incrustatum foram descritas no foco amazônico de oncocercose e ambas são incriminadas como vetoras de O. volvulus. Mesmo S. limbatum tendo sido descrita na área do foco amazônico, sua permanência nessas áreas é controversa, devido ao fato de que essas espécies são de difícil identificação, utilizando somente ferramentas morfológicas. Neste trabalho foi realizado o sequenciamento do gene CO1 de 15 espécimes de S. incrustatum e 27 espécimes de S. limbatum. Os espécimes consistem em fêmeas adultas, coletadas em áreas de savana e floresta, dentro e fora do foco amazônico de Oncocercose. As sequencias obtidas foram analisadas filogeneticamente. Resultando em formações de grupos monofiléticos distintos com suporte estatístico, (mesmo tratando-se de espécies que coexistem em simpatria). Esses estudos confirmaram a utilidade do gene CO1 para identificação de espécies dentro do foco amazônico. A identificação de espécimes de S. limbatum em áreas de floresta, formando também um grupamento monofilético distinto dos outros espécimes de S. limbatum, forneceram evidencias mais claras da presença de S. limbatum dentro do foco brasileiro de oncocercose. No entanto, a capacidade vetorial de S. limbatum dentro do foco brasileiro ainda é incerta. Os dados apresentados neste trabalho também descreveram espécimes de S. limbatum em áreas de savana e fora do foco amazônico, em áreas adjacentes (que representam a única população já incriminada como hospedeiros de O. volvulus, anteriormente), porém, esses espécimes de savana são geneticamente distintos daqueles que vivem no interior do foco. Estes resultados destacam a necessidade de uma visão mais clara da taxonomia desses vetores dentro do foco amazônico de oncocercose. The Amazonia onchocerciasis focus of southern Venezuela and northern Brazil is the larger of the two remaining Latin American onchocerciasis foci where disease transmission still occurs and is often regarded as the most challenging of all the Latin American foci to eliminate onchocerciasis. The site is home to a population of over 20,000 semi-nomadic, hunter-gatherer Yanomami people and is made-up of a mosaic of rainforest and savannah ecologies, which are influenced by the area’s undulating terrain and rich geological diversity. At least six blackfly vectors have been implicated in onchocerciasis transmission in this focus; however, because of the difficulty in their routine identification the relative importance of each has been obscured. Simulium limbatum and Simulium incrustatum s.l. have both been recorded as vectors in the Amazonia focus, but they are difficult to discriminate morphologically and thus the ecological range of these species, and indeed the presence of S. limbatum in the Amazonia focus at all, have remained controversial. In the work described here, we report 15 S. incrustatum s.l. CO1 sequences and 27 S. limbatum sequences obtained from field-caught adult female blackflies collected from forest and savannah localities, inside and just outside the Amazonia focus. Phylogenetic analysis with the sequences generated in this study, showed that both the S. limbatum and the S. incrustatum s.l. CO1 sequences obtained (even from specimens living in sympatry) all fell into discrete species-specific bootstrap-supported monophyletic groups and thus confirmed the utility of the CO1 gene for identifying both these species inside the Amazonia focus. As the S. limbatumexclusive cluster included CO1 sequences obtained from forest-caught and morphologically identified specimens these results provide the clearest evidence yet of the presence of S. limbatum inside the Amazonia focus. The question, however, of whether S. limbatum is actually a vector in the focus still remains unanswered as the data presented here also suggest that S. limbatum found in the savannahs adjacent to, but outside the Amazonia focus (and which represent the only S. limbatum population to be unambiguously incriminated as a host of Onchocerca volvulus), are genetically distinct from those living inside the focus. These findings highlight the need for a clearer picture of the vector taxonomy inside the Amazonia onchocerciasis focus. FAPEAM - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas 2024-12-11T01:03:48Z 2014-09-23 Dissertação CONCEIÇÃO, Priscila Andrade. Caracterização da diversidade genética de simulium limbatum e simulium incrustatum em áreas de floresta tropical e de Savana do Estado de Roraima, Amazônia brasileira. 2014. 45 f. Dissertação (Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus (AM), 2014. https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10534 por Acesso Aberto https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ image/jpeg application/pdf Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Educação Física e Fisioterapia Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia
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description O foco amazônico de oncocercose abrange o norte do Brasil e o sul da Venezuela. Estes são os dois países da América Latina onde a transmissão da Oncocercose ainda é relatada. A eliminação da doença na América Latina é um dos principais desafios dos estudos atuais. A área do foco é o lar de cerca de 20.000 índios Yanomamis, e é caracterizado por diferentes ecótopos de florestas tropicais e savanas. Ao menos seis espécies de simulídeos foram descritas no local do foco e incriminadas como vetoras da oncocercose. No entanto a correta identificação desses vetores nem sempre ocorre, logo, as espécies Simulium limbatum e Simulium incrustatum foram descritas no foco amazônico de oncocercose e ambas são incriminadas como vetoras de O. volvulus. Mesmo S. limbatum tendo sido descrita na área do foco amazônico, sua permanência nessas áreas é controversa, devido ao fato de que essas espécies são de difícil identificação, utilizando somente ferramentas morfológicas. Neste trabalho foi realizado o sequenciamento do gene CO1 de 15 espécimes de S. incrustatum e 27 espécimes de S. limbatum. Os espécimes consistem em fêmeas adultas, coletadas em áreas de savana e floresta, dentro e fora do foco amazônico de Oncocercose. As sequencias obtidas foram analisadas filogeneticamente. Resultando em formações de grupos monofiléticos distintos com suporte estatístico, (mesmo tratando-se de espécies que coexistem em simpatria). Esses estudos confirmaram a utilidade do gene CO1 para identificação de espécies dentro do foco amazônico. A identificação de espécimes de S. limbatum em áreas de floresta, formando também um grupamento monofilético distinto dos outros espécimes de S. limbatum, forneceram evidencias mais claras da presença de S. limbatum dentro do foco brasileiro de oncocercose. No entanto, a capacidade vetorial de S. limbatum dentro do foco brasileiro ainda é incerta. Os dados apresentados neste trabalho também descreveram espécimes de S. limbatum em áreas de savana e fora do foco amazônico, em áreas adjacentes (que representam a única população já incriminada como hospedeiros de O. volvulus, anteriormente), porém, esses espécimes de savana são geneticamente distintos daqueles que vivem no interior do foco. Estes resultados destacam a necessidade de uma visão mais clara da taxonomia desses vetores dentro do foco amazônico de oncocercose.
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