A relação homem-natureza no Amazonas permeia a análise do processo de decisões e políticas ambientais ao longo de vários períodos da história da região compreendendo momentos críticos de impactos ambientais no período provincial decorridos de anos de exploração extrativista, até a criação, já no período republicano, da primeira Secretaria de Defesa do Meio Ambiente-SEDEMA na capital amazonense, como um marco de resistência à vocação predatória que foi naturalizada na exploração dos recursos naturais. A primeira gestão daquela secretaria revelou embates de um enfrentamento pioneiro em uma cidade onde praticamente tudo era permitido e que a partir de então teria de lidar com a defesa intransigente das leis ambientais na figura da SEDEMA que estava longe de ser apenas uma instituição, mas, feita a muitas mãos, representou a experiência de luta dos sujeitos motivados pela conscientização da preservação ambiental e da democratização do patrimônio natural, no combate entre aqueles que insistiam em equívocos antropocêntricos. Nascida no conflito entre opositores complexos a história ambiental, aqui como linha de abordagem, buscou contribuir com o enriquecimento de análises mais completas reconhecendo a sociedade na natureza.
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