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Dissertação
Caracterização e avaliação in vitro da biocompatibilidade da membrana de PCL incorporada com extrato de Jucá
Este trabalho tem como objetivo caracterizar e avaliar in vitro a biocompatibilidade de membranas desenvolvidas utilizando Policaprolactona (PCL) e modificadas pela incorporação do extrato de Libidibia ferrea L. (Jucá) e clorofórmio (CHCl3) para aplicação odontológica. Para a preparação das amost...
Autor principal: | Lins, Gizele Frazão Araújo |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/0340710859353350 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2025
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10828 |
Resumo: |
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Este trabalho tem como objetivo caracterizar e avaliar in vitro a biocompatibilidade de
membranas desenvolvidas utilizando Policaprolactona (PCL) e modificadas pela
incorporação do extrato de Libidibia ferrea L. (Jucá) e clorofórmio (CHCl3) para
aplicação odontológica. Para a preparação das amostras, o extrato seco de Jucá a 7,5% foi
adicionado à solução de PCL. Foram avaliados dois grupos de membranas: PCL +
clorofórmio (controle) e PCL + clorofórmio + Jucá (experimental). As fibras produzidas
para a membrana foram sintetizadas através do método de rotofiação com parâmetros
determinados e fixos para todos os ensaios. Realizou-se o teste de incorporação do extrato
de Jucá na membrana por meio de Espectroscopia Ultravioleta-Visível (UV-Vis),
utilizando amostras da membrana controle e Jucá, cortadas, padronizadas e pesadas, com
posterior extração do Jucá a partir de uma solução hidroalcóolica e em seguida, foi feita
a leitura no UV-Vis. Para análises das superfícies das membranas foram utilizadas
micrografias obtidas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), obtendo-sea
caracterização morfológica das fibras. Foi obtido o diâmetro médio das fibras e feitas suas
medições através do software ImageJ. Por meio da cromatografia líquida de alta eficiência
(HPLC) identificou-se a quercetina como um dos principais compostos presente no
extrato de L. ferrea na faixa de 370nm, quantificando 0,1% de quercetina no extrato. A
biocompatibilidade celular foi avaliada a partir dos testes de citotoxicidade e migração
celular. Na citotoxicidade o ensaio utilizado foi o de Alamar blue, que monitora o
ambiente redutor da célula viva por meio do reagente resazurina. Os resultados
demonstraram que o maior pico de absorbância do Jucá no UV-Vis foi na faixa de 230nm.
A morfologia revelou que as fibras com a adição de 0,1g de Jucá foram bem formadas e
aleatoriamente distribuídas. A adição do extrato de Jucá a 0,3g na solução polimérica
alterou o diâmetro das fibras. O diâmetro médio (DM) das fibras de PCL controle foi de
22,14 μm ± 9,06 μm, enquanto que o DM das fibras de PCL+Jucá 0,1g foi de 26,72 ±
5,56 μm; e a membrana de PCL+Jucá 0,3g apresentou DM = 9,27 ± 4,11. A membrana
de PLC+Jucá apresentou 83,6% de viabilidade e 16,3% de toxicidade, já a membrana de
PCL pura apresentou 85% de viabilidade e 14,9% de toxicidade. O ensaio de migração
celular in vitro mostrou que membranas de PCL carregadas de Jucá aumentaram o
processo de migração celular. Assim, a partir dos resultados obtidos é possível concluir
que as membranas apresentam características morfológicas adequadas, proliferação
celular favorável e, com isso, um grande potencial para utilização e aplicação como um
dispositivo de liberação de fármaco em cavidade bucal. |