A dissertação aqui apresentada foi desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-
Graduação em Ensino de Ciências e Humanidades – PPGECH, do Instituto de
Educação, Agricultura e Ambiente da Universidade Federal do Amazonas –
IEAA/UFAM, e teve como foco analisar narrativas de professores e professoras não
indígenas sobre o ensino nas escolas indígenas no Sul do Amazonas,
especificamente, aqueles e aquelas que desenvolveram suas atividades docentes até
o ano de 2022. O aporte metodológico se ampara na abordagem qualitativa, tendo a
técnica da entrevista narrativa como fonte de produção dos dados com base em Meyer
e Paraiso (2012), Andrade (2012), Silveira (2007) e Costa (2007), que definem esta
técnica de produção de dados – entrevista narrativa, como uma possibilidade de
ressignificar os modos de pesquisar na educação, justamente porque pesquisas desta
natureza mostram que as narrativas são forma de os sujeitos falarem de sí, de suas
histórias de suas compreensões de mundo, de suas marcas e memórias pessoais e
coletivas, isso levando em consideração que as narrativas são consideradas “forças
discursivas” e possibilidades de interpretação dos significados que os sujeitos
atribuem aos seus processos de vida, formação e experiências no ensino, como no
caso desta pesquisa. O amparo teórico se inspira nos Estudos Culturais e Estudos
advindos do Grupo Modernidade/Colonialidade, especificamente a partir dos
conceitos de Identidade, Diferença, Decolonialidade e Cultura(s), articulados a
autores e autoras que discutem a Educação Escolar Indígena no Brasil e as
possibilidades de ensino específico e diferenciado. As narrativas produzidas, apontam
lugares para os lugares ocupados pelos professores e professoras não indígenas no
âmbito das escolas indígenas, bem como analisa as narrativas acerca de suas
práticas de ensino no contexto indígena.
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