Dissertação

Diversidade e alteridade corporal: uma herança cultural perceptível na Ginástica Rítmica do Amazonas

A pesquisa ora apresentada traz como objetivo investigar as vivências corporais de ginastas amazonenses da modalidade de Ginástica Rítmica, considerando que estas atletas, durante suas carreiras esportivas se submeteram às adequações corporais do esporte, chegando até a categoria adulta em alto rend...

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Autor principal: Maia, Sâmia Silva
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1394884998653553
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2025
Assuntos:
Acesso em linha: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10847
Resumo:
A pesquisa ora apresentada traz como objetivo investigar as vivências corporais de ginastas amazonenses da modalidade de Ginástica Rítmica, considerando que estas atletas, durante suas carreiras esportivas se submeteram às adequações corporais do esporte, chegando até a categoria adulta em alto rendimento. A intenção foi analisar como os corpos dessas ginastas enfrentaram as exigências da modalidade, além de quebrar paradigmas relacionados ao corpo, destacando que a modalidade se originou na Europa, exigindo um padrão corporal longilíneo, diferente do biótipo das amazonenses. A pesquisa trabalhou com a hipótese de que algumas gerações de ginastas amazonenses tiveram uma percepção maior dessa padronização corporal, quando sofreram discriminação. Ressalta-se que, como consequência do processo de disseminação do esporte no mundo, a diversidade corporal assume um importante destaque, criando formas diferentes para avaliar o esporte. Salienta-se também a alteridade que se reconhece nas diferenças raciais e nas características de cada atleta de uma mesma modalidade. Evidencia-se, portanto, as conquistas e superações das ginastas amazonenses como herança deixada para novas gerações como capital cultural, e o poder simbólico embasado nas teorias de Bourdieu (1989). A etnografia foi construída pela historiografia da modalidade com aplicação de entrevistas semiestruturadas e livres, com ginastas de gerações passadas e ginastas ainda em treinamento. A metodologia usada foi de cunho qualitativo e caráter fenomenológico, utilizando análise de conteúdo nas entrevistas. Reconhece-se, por fim, que o resultado da pesquisa contribuirá para ampliar discussões sobre a decolonialidade no esporte.