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Dissertação
A visão das crianças sobre sua participação no contexto escolar: a vez e a voz da infância
Esta pesquisa tem como objetivo principal compreender como um grupo de crianças dos 1º e 5º anos de uma escola pública municipal de Manaus concebem e exercem a sua participação neste espaço. Considera-se que a participação infantil nos espaços públicos está cada vez mais nas pautas de discussão,...
Autor principal: | Karlsson, Juliane Karla Freitas |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/5733244362261013 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2015
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2859 |
Resumo: |
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Esta pesquisa tem como objetivo principal compreender como um grupo de crianças
dos 1º e 5º anos de uma escola pública municipal de Manaus concebem e exercem a
sua participação neste espaço. Considera-se que a participação infantil nos espaços
públicos está cada vez mais nas pautas de discussão, tendo em vista a luta para a
efetivação dos direitos sociais já respaldados em várias instâncias nacionais e
internacionais. Para tanto, realizamos uma pesquisa de natureza qualitativa e
interpretativa, pautada pela triangulação de métodos que enfatizam a construção
dialética da compreensão do fenômeno, através da combinação e cruzamento de
múltiplos pontos de vista, instrumentos e outras áreas do conhecimento. Por isso, a
partir da observação participante com o registro sistemático em diário de campo,
percebemos ao longo dos meses a ausência efetiva dos direitos das crianças de
participar dos processos decisórios da gestão das atividades desenvolvidas no
contexto escolar, devido às relações de poder estabelecidas, que condicionam a
submissão da criança à hierarquia institucional. Nos 10 grupos focais realizados com
pequenas turmas, possibilitamos um local no qual as crianças pudessem expressar
suas ideias e sentimentos através da fala e dos desenhos sobre como participam da
escola. Constatamos que elas em sua grande maioria, não se veem como sujeitos de
direito nesse espaço e ainda propõem como solução para as crianças problemas o
mesmo sistema punitivo da escola, reproduzindo uma cultura de vigiar e punir.
Através das oficinas de fotografias digital e artesanal criamos um desvio
metodológico no qual o objeto da pesquisa , i.e, as crianças, passou a pesquisar e
subverter a sua participação na escola ao clicar o que mais gostavam do local. Todos
os procedimentos nos ajudaram a comparar, analisar e interpretar as ações e falas das
crianças sobre a sua participação no contexto escolar, através da psicologia históricocultural
(que pensa a dimensão social do psiquismo humano) e pela pedagogia crítica
(que entende a escola como um espaço de luta cujo fim deve ser a emancipação dos
sujeitos). Concluímos que a escola está muito distante de contribuir para a formação
subjetiva autônoma das crianças e, atualmente, a grande preocupação delas não é
viver o presente, nem questionar o sistema escolar, mas esperar um futuro melhor,
num tempo-espaço que justifica o estado atual das coisas. Assim, quando elas
crescerem serão alguém; hoje não são ninguém, só estudantes |