Tese

Contribuição ao conhecimento químico e de atividades biológicas dos frutos das espécies Carapa guianensis e Carapa procera (Meliaceae)

No Brasil, as espécies Carapa guianensis Aublet. e Carapa procera D.C. são conhecidas como andiroba. Na região Amazônica, o óleo de andiroba é considerado medicinal e utilizado principalmente como anti-inflamatório. Os frutos dessas espécies foram coletados e separados (amêndoas, cascas das amêndoas...

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Autor principal: Silva, Suniá Gomes
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0266884429721296
Grau: Tese
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2015
Assuntos:
Acesso em linha: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3156
Resumo:
No Brasil, as espécies Carapa guianensis Aublet. e Carapa procera D.C. são conhecidas como andiroba. Na região Amazônica, o óleo de andiroba é considerado medicinal e utilizado principalmente como anti-inflamatório. Os frutos dessas espécies foram coletados e separados (amêndoas, cascas das amêndoas e pericarpos) e extraídos separadamente com solventes em ordem crescente de polaridade. Das amêndoas da espécie C. guianensis foram isolados a mistura dos limonoides 6α-acetoxigedunia e 7-desacetoxi-7-oxogedunia, e a mistura dos limonoides 7-desacetilgedunina e 6α-acetoxi-7-desacetilgedunina (isolado pela primeira vez nos frutos de andiroba), além desses mesmos limonoides em separado. Do extrato hexânico do pericarpo da mesma espécie foram isolados os limonoides angolensato de metila e 6-hidroxi-angolensato de metila (inédito na espécie). Para fins de comparação, um método foi desenvolvido em CLAE/DAD para quantificar os limonoides isolados nas amostras de extratos obtidos das diferentes partes dos frutos das duas espécies. Duas amostras comerciais de óleo de andiroba produzidos de forma tradicional também foram analisadas. O resultado das análises nas amostras dos extratos obtidos das duas espécies indica o acúmulo de quase todos os limonoides isolados no óleo das amêndoas e que o limonoide 7-desacetilgedunina pode ser utilizado como marcador químico para a diferenciação entre as espécies. A análise das amostras dos óleos de andiroba tradicionais comercializados pelo método desenvolvido em CLAE/DAD mostrou diferenças em termos de concentrações dos limonoides analisados. Os extratos das duas espécies foram testados para a atividade larvicida contra Aedes aegypti, nos quais o precipitado obtido do óleo da C. guianensis foi o mais interessante apresentando uma CL50 de 36,9 ± 1,0 μg/mL. No ensaio de inibição da enzima acetilcolinesterase foi observada inibição para quase todas as amostras dos extratos testados, bem como dos limonoides isolados, exceto o limonoide 7-desacetoxi-7-oxogedunina. Esses resultados são apresentados pela primeira vez para a andiroba e são bastante promissores.