Dissertação

Natureza, cultura e imaginário nos relatos de Alfred Russel Wallace, Louis Rodolph Agassiz e Elizabeth Cabot Cary Agassiz

Esta pesquisa privilegiou algumas fontes narrativas produzidas em meados do século XIX pelos viajantes naturalistas que passaram pela Amazônia Alfred Russel Wallace (1848/1852), cuja experiência de viagem veio a ser conhecida pelo público com a publicação de Viagens pelos rios Amazonas e Negro em...

ver descrição completa

Autor principal: Lima, Carla Oliveira de
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/6987048422377562
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2015
Assuntos:
Acesso em linha: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3749
id oai:https:--tede.ufam.edu.br-handle-:tede-3749
recordtype dspace
spelling oai:https:--tede.ufam.edu.br-handle-:tede-37492016-04-22T14:49:11Z Natureza, cultura e imaginário nos relatos de Alfred Russel Wallace, Louis Rodolph Agassiz e Elizabeth Cabot Cary Agassiz Lima, Carla Oliveira de Ugarte, Auxiliomar Silva http://lattes.cnpq.br/6987048422377562 Cultura anglo-saxã Olhos do império Anglo-Saxon culture CIÊNCIAS HUMANAS: HISTÓRIA Esta pesquisa privilegiou algumas fontes narrativas produzidas em meados do século XIX pelos viajantes naturalistas que passaram pela Amazônia Alfred Russel Wallace (1848/1852), cuja experiência de viagem veio a ser conhecida pelo público com a publicação de Viagens pelos rios Amazonas e Negro em 1853; e Louis Agassiz e Elizabeth Cary Agassiz (1865/1866), cuja narrativa deu origem a obra de dupla autoria Viagem ao Brasil de 1867. Com este intuito, observamos que o contexto das viagens incidiu decisivamente na forma como estes indivíduos, pertencentes à cultura anglo-saxã, apreciaram às alteridades humana e ambiental da Amazônia. Estes viajantes se inserem num grupo de indivíduos do Oitocentos, que se lançaram além-mar a fim de encontrar não apenas material promissor para suas pesquisas, mas também que viam estas viagens como uma oportunidade para fugir das ordenações da ascendente sociedade burguesa. Assim, se de um lado anunciaram uma natureza coletável e categorizável , por outro lado objetivaram apreciar a natureza em sua cadeia de relações. Nestes termos, podemos pensar a pulsão de viajar, para onde nenhum homem branco ousou chegar, como a expressão de um sentimento nostálgico de perda da natureza, de desencantamento com o meio ambiente de seus países, decorrente das transformações provocadas pelas revoluções industrial e tecnológica. Neste processo, a natureza deixou de ser interpretada simbolicamente, passando a ser revelada por um observador externo que pudesse examiná-la e dissecá-la. Enfim, foi por meio da viagem para um mundo que concebiam como o puderam refletir sobre suas próprias existências. Mais do que examinar a natureza e seus habitantes por meio dos olhos do império, estes viajantes enfatizaram o valor de se aprender com o Outro. Esta pesquisa privilegiou algumas fontes narrativas produzidas em meados do século XIX pelos viajantes naturalistas que passaram pela Amazônia Alfred Russel Wallace (1848/1852), cuja experiência de viagem veio a ser conhecida pelo público com a publicação de Viagens pelos rios Amazonas e Negro em 1853; e Louis Agassiz e Elizabeth Cary Agassiz (1865/1866), cuja narrativa deu origem a obra de dupla autoria Viagem ao Brasil de 1867. Com este intuito, observamos que o contexto das viagens incidiu decisivamente na forma como estes indivíduos, pertencentes à cultura anglo-saxã, apreciaram às alteridades humana e ambiental da Amazônia. Estes viajantes se inserem num grupo de indivíduos do Oitocentos, que se lançaram além-mar a fim de encontrar não apenas material promissor para suas pesquisas, mas também que viam estas viagens como uma oportunidade para fugir das ordenações da ascendente sociedade burguesa. Assim, se de um lado anunciaram uma natureza coletável e categorizável , por outro lado objetivaram apreciar a natureza em sua cadeia de relações. Nestes termos, podemos pensar a pulsão de viajar, para onde nenhum homem branco ousou chegar, como a expressão de um sentimento nostálgico de perda da natureza, de desencantamento com o meio ambiente de seus países, decorrente das transformações provocadas pelas revoluções industrial e tecnológica. Neste processo, a natureza deixou de ser interpretada simbolicamente, passando a ser revelada por um observador externo que pudesse examiná-la e dissecá-la. Enfim, foi por meio da viagem para um mundo que concebiam como o puderam refletir sobre suas próprias existências. Mais do que examinar a natureza e seus habitantes por meio dos olhos do império, estes viajantes enfatizaram o valor de se aprender com o Outro. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas 2015-04-22T22:18:46Z 2015-04-09 2008-10-17 Dissertação LIMA, Carla Oliveira de. Natureza, cultura e imaginário nos relatos de Alfred Russel Wallace, Louis Rodolph Agassiz e Elizabeth Cabot Cary Agassiz. 2008. 200 f. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2008. http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3749 por Acesso Aberto application/pdf Universidade Federal do Amazonas Instituto de Ciências Humanas e Letras BR UFAM Programa de Pós-graduação em História
institution TEDE - Universidade Federal do Amazonas
collection TEDE-UFAM
language por
topic Cultura anglo-saxã
Olhos do império
Anglo-Saxon culture
CIÊNCIAS HUMANAS: HISTÓRIA
spellingShingle Cultura anglo-saxã
Olhos do império
Anglo-Saxon culture
CIÊNCIAS HUMANAS: HISTÓRIA
Lima, Carla Oliveira de
Natureza, cultura e imaginário nos relatos de Alfred Russel Wallace, Louis Rodolph Agassiz e Elizabeth Cabot Cary Agassiz
topic_facet Cultura anglo-saxã
Olhos do império
Anglo-Saxon culture
CIÊNCIAS HUMANAS: HISTÓRIA
description Esta pesquisa privilegiou algumas fontes narrativas produzidas em meados do século XIX pelos viajantes naturalistas que passaram pela Amazônia Alfred Russel Wallace (1848/1852), cuja experiência de viagem veio a ser conhecida pelo público com a publicação de Viagens pelos rios Amazonas e Negro em 1853; e Louis Agassiz e Elizabeth Cary Agassiz (1865/1866), cuja narrativa deu origem a obra de dupla autoria Viagem ao Brasil de 1867. Com este intuito, observamos que o contexto das viagens incidiu decisivamente na forma como estes indivíduos, pertencentes à cultura anglo-saxã, apreciaram às alteridades humana e ambiental da Amazônia. Estes viajantes se inserem num grupo de indivíduos do Oitocentos, que se lançaram além-mar a fim de encontrar não apenas material promissor para suas pesquisas, mas também que viam estas viagens como uma oportunidade para fugir das ordenações da ascendente sociedade burguesa. Assim, se de um lado anunciaram uma natureza coletável e categorizável , por outro lado objetivaram apreciar a natureza em sua cadeia de relações. Nestes termos, podemos pensar a pulsão de viajar, para onde nenhum homem branco ousou chegar, como a expressão de um sentimento nostálgico de perda da natureza, de desencantamento com o meio ambiente de seus países, decorrente das transformações provocadas pelas revoluções industrial e tecnológica. Neste processo, a natureza deixou de ser interpretada simbolicamente, passando a ser revelada por um observador externo que pudesse examiná-la e dissecá-la. Enfim, foi por meio da viagem para um mundo que concebiam como o puderam refletir sobre suas próprias existências. Mais do que examinar a natureza e seus habitantes por meio dos olhos do império, estes viajantes enfatizaram o valor de se aprender com o Outro.
author_additional Ugarte, Auxiliomar Silva
author_additionalStr Ugarte, Auxiliomar Silva
format Dissertação
author Lima, Carla Oliveira de
author2 http://lattes.cnpq.br/6987048422377562
author2Str http://lattes.cnpq.br/6987048422377562
title Natureza, cultura e imaginário nos relatos de Alfred Russel Wallace, Louis Rodolph Agassiz e Elizabeth Cabot Cary Agassiz
title_short Natureza, cultura e imaginário nos relatos de Alfred Russel Wallace, Louis Rodolph Agassiz e Elizabeth Cabot Cary Agassiz
title_full Natureza, cultura e imaginário nos relatos de Alfred Russel Wallace, Louis Rodolph Agassiz e Elizabeth Cabot Cary Agassiz
title_fullStr Natureza, cultura e imaginário nos relatos de Alfred Russel Wallace, Louis Rodolph Agassiz e Elizabeth Cabot Cary Agassiz
title_full_unstemmed Natureza, cultura e imaginário nos relatos de Alfred Russel Wallace, Louis Rodolph Agassiz e Elizabeth Cabot Cary Agassiz
title_sort natureza, cultura e imaginário nos relatos de alfred russel wallace, louis rodolph agassiz e elizabeth cabot cary agassiz
publisher Universidade Federal do Amazonas
publishDate 2015
url http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3749
_version_ 1831969203332055040
score 11.753896