Dissertação

De menina à mãe: relações entre história de vida materna e vínculo afetivo mãe-filho

O presente estudo teve por objetivo analisar o vínculo afetivo mãe-filho, considerando a história de vida da mãe, incluindo aspectos como as vivências de sua infância, da gravidez, do parto, do puerpério e do relacionamento conjugal. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utilizou o método clínico...

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Autor principal: Pontes, Karine Diniz da Silva
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1728589913850583
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2015
Assuntos:
Acesso em linha: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3943
Resumo:
O presente estudo teve por objetivo analisar o vínculo afetivo mãe-filho, considerando a história de vida da mãe, incluindo aspectos como as vivências de sua infância, da gravidez, do parto, do puerpério e do relacionamento conjugal. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utilizou o método clínico. Foram entrevistadas quatro mães cujos filhos eram atendidos pela pesquisadora, casos em que se observou haver dificuldades ou alterações no vínculo mãe-filho. A coleta de dados se deu por meio de entrevista em forma de “História de Vida.” A análise de dados foi realizada através da leitura sistemática das entrevistas e da compreensão dinâmica das verbalizações, a partir das quais se descreveu cada caso através das seguintes categorias: caracterização, história familiar, história da relação com o parceiro, vivências da gravidez, vivências do parto e puerpério, relação atual com o pai da criança e relação vincular mãe-filho. A discussão dos casos foi baseada na teoria psicanalítica e nos conceitos da transmissão psíquica entre gerações. O trabalho apresenta ainda um apanhado histórico a respeito da maternidade. Os resultados demonstraram que a maternidade possui vivências que são comuns às mães entrevistadas, contudo ganha configurações próprias a partir da história de vida de cada uma. O estabelecimento de um vínculo afetivo mãe-filho saudável surge como resultado de vários fatores, dentre os quais a existência, para a mãe, de figuras parentais afetivas em sua infância, um relacionamento conjugal harmonioso, uma gravidez com predomínio de vivências positivas e a capacidade de ressignificação dos próprios conflitos, que evita a projeção de aspectos patológicos no filho, prevenindo alterações no vínculo com o mesmo. Como considerações finais, salientou-se a necessidade de se desenvolver programas de apoio psicológico, durante e após a gravidez, tanto à mãe quanto ao pai e ao bebê, a fim de fortalecer os vínculos familiares.