A compreensão do rio e a cidade na Amazônia traz o enfoque da relação homem e natureza,
partindo-se da análise da ocupação da área oeste de Manaus, banhada pelo rio Negro,
compreendendo o perímetro da foz do igarapé do São Raimundo até a foz do rio Tarumã,
alicerçando-se na perspectiva Lefebvreana. O estudo foi realizado nos anos de 2003/2004 e
desvenda as formas de ocupação da terra urbana, a partir de seu contexto histórico e espacial e
da importância do rio na construção da cidade. Ao término da pesquisa nota-se que a
população em geral, além de ter o acesso ao rio limitado à praia da Ponta Negra, e ao bairro
da Compensa e bairro do São Raimundo, perde o direito a circulação por estas serem áreas
apropriadas para o uso restrito de hotéis, estaleiros, portos privados e condomínios fechados.
Importa a realização do estudo enquanto possibilidade de análise da produção do urbano na
Amazônia, enquanto reflexão acerca da história de ocupação e características paisagísticas da
cidade que está em meio a selva e margeada por dois grandes rios, o que pressupõe
compreender o papel da sociedade e da natureza na construção do espaço urbano.
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