Dissertação

Marcadores bioquímicos da Síndrome Metabólica em indivíduos

A doença cardiovascular se tornou a principal causa de mortalidade e morbidade no mundo. Apesar de várias medidas preventivas estas ainda são insuficientes e índices de mortes em decorrência de doenças cardiovasculares continuam aumentando tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento. Es...

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Autor principal: Mallmann, Neila Hiraishi
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/2253806720221336
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2016
Assuntos:
Acesso em linha: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4770
Resumo:
A doença cardiovascular se tornou a principal causa de mortalidade e morbidade no mundo. Apesar de várias medidas preventivas estas ainda são insuficientes e índices de mortes em decorrência de doenças cardiovasculares continuam aumentando tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento. Estudos mostram significante associação entre níveis de ácido úrico e componentes individuais da síndrome metabólica, mas o âmbito da prevalência da síndrome metabólica usando recentes definições entre individuos com hiperuricemia é desconhecida e vários fatores intrínsecos a ambas as situações permanecem obscuras. O presente estudo avaliou marcadores bioquímicos da síndrome metabólica em indivíduos hiperuricêmicos. Foram avaliados 499 indivíduos atendidos no Laboratório de Análises Clinicas do Hospital Universitário Getúlio Vargas em Manaus-Amazonas, com idade de 18 a 45 anos, de ambos os sexos, agrupados em quatro grupos: 1. Controle (n=75 ) 2. Pré-síndrome (n=226 ) 3.Síndrome Metabólica (n=129 ) 4.Hiperuricêmicos (n=68 ). Para a avaliação do estresse oxidativo foram dosados os níveis de tióis totais, capacidade antioxidante total, capacidade oxidante total, glutationa peroxidase e dosagem de malondialdeído. Para a avaliação do processo inflamatório foram avaliados os parâmetros da proteína C reativa ultra-sensível, alfa 1-glicoproteina, ferritina, triptofano e quinurenina. A síndrome metabólica foi observada em 34% da população estudada e a obesidade em 28% destes. Os marcadores bioquímicos apresentaram diferenças estatísticas entre os grupos, sendo maior nos indivíduos hiperuricêmicos com síndrome metabólica do que no grupo controle ou com síndrome metabólica isoladamente. Os participantes hiperuricêmicos com síndrome metabólica apresentaram as seguintes alterações em relação ao grupo controle: níveis de quinurenina aumentada e atividade de glutationa peroxidase diminuída. Com relação ao grupo com apenas síndrome metabólica, esses parâmetros foram menos acentuados. Não foi observada diferença estatística no malondialdeído entre os grupos. A análise de correlação mostrou que níveis elevados de quinurenina foi positivamente relacionados com a cintura, glicemia e ferritina nos pacientes com síndrome metabólica e que não foram encontrados no grupo controle. Desta maneira, indivíduos hiperuricêmicos com síndrome metabólica apresentaram níveis mais elevados marcadores da inflamação e de estresse oxidativo. O processo inflamatório foi correlacionado com a diminuição nos níveis de enzimas antioxidantes e um aumento no risco de síndrome metabólica. Assim, esses resultados sugerem que a quinurenina e a glutationa peroxidase podem ser utilizados como um biomarcador para doenças cardiovasculares em pacientes hiperuricêmicos com síndrome metabólica.