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Tese
Tragédia e sofrimento: mobilização política de adolescentes e jovens indígenas no Rio Negro
A tese aqui apresentada é resultado de pesquisa de campo realizada na região do Médio Rio Negro, município de Santa Isabel do Rio Negro/AM, e ampliada para o Alto Rio Negro, a partir das experiências do movimento de adolescentes e jovens indígenas, iniciado por meio da mobilização política de lid...
Autor principal: | Maximiano, Claudina Azevedo |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/4386960179349872 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2016
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4819 |
Resumo: |
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A tese aqui apresentada é resultado de pesquisa de campo realizada na região do Médio Rio
Negro, município de Santa Isabel do Rio Negro/AM, e ampliada para o Alto Rio Negro, a
partir das experiências do movimento de adolescentes e jovens indígenas, iniciado por meio
da mobilização política de lideranças juvenis em São Gabriel da Cachoeira/AM. O presente
trabalho tem como objetivo analisar o processo de mobilização étnica desses sujeitos,
compreendendo tal fenômeno como expressão coletiva de uma ação política que se objetiva
no movimento indígena, seja através da criação do Departamento de Adolescentes e Jovens
Indígena do Rio Negro na Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN),
seja por meio da criação do Departamento de Juventude Indígena na Associação das
Comunidades Indígena do Médio Rio Negro (ACIMRN). Destaco que a análise apresentada
ultrapassa as dimensões institucionalizadas através do movimento indígena e abre condições
de entendimento das relações entre juventude e política. Ela compreende, também,
manifestações juvenis que estão fora das esferas institucionalizadas, mas que, de forma
diferenciada, mantém-se em constante diálogo. Para além dos grupos organizados
politicamente a análise abrange o fenômeno dos grupos de amigos, classificados usualmente
como “galera”. A interlocução entre essas formas organizativas produz o que considero um
novo sujeito político. Tal sujeito assume a bandeira de luta em torno das políticas públicas
específicas para a juventude – sejam elas políticas de reconhecimento ou de afirmação
identitárias. Deste modo, esse sujeito se constitui a partir de um processo marcado por
fragilidades e controvérsias que exprimem uma dinâmica permanente e em construção, que
acaba por revelar as condições e posições sociais que os adolescentes e jovens indígenas
ocupam no universo sociocultural do Rio Negro. |