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Tese
Variabilidade genética e conservação de Cucurbita maxima Duchesne pela Agricultura Familiar na Amazônia Centro-Ocidental
A espécie Cucurbita maxima Duchesne é uma hortaliça cultivada e mantida pela agricultura familiar. Embora o Brasil seja considerado um centro de diversidade de abóboras e morangas, há pouco conhecimento sobre o germoplasma mantido por populações tradicionais da Amazônia. A situação é agravada pel...
Autor principal: | Martins, Lúcia Helena Pinheiro |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/6681836743502942 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2016
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4842 |
Resumo: |
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A espécie Cucurbita maxima Duchesne é uma hortaliça cultivada e mantida pela agricultura
familiar. Embora o Brasil seja considerado um centro de diversidade de abóboras e morangas,
há pouco conhecimento sobre o germoplasma mantido por populações tradicionais da
Amazônia. A situação é agravada pela possibilidade de desaparecimento das populações
locais desta espécie, tendo em conta, as atuais mudanças promovidas na agricultura familiar.
O objetivo geral foi descrever e caracterizar as formas atuais de manejo e o processo de
conservação de recursos genéticos da hortaliça denominada regionalmente jerimum caboclo
(C. maxima) pelos agricultores familiares do ecossistema de várzea das regiões do Alto e
Baixo Solimões, no Estado do Amazonas. Os objetivos específicos foram: identificar as áreas
de ocorrência de unidades de agricultores familiares com prática de conservação do jerimum
caboclo e técnicas de cultivo e manejo da espécie e suas implicações na conservação da
variabilidade genética e evolução da espécie; estimar os níveis atuais da variabilidade
genética das cultivares locais, por meio das técnicas de estimativas de parâmetros genéticos e
uso de marcadores moleculares (Polimorfismo de Comprimento de Fragmentos Amplificados
– AFLP); e estimar os níveis de adaptabilidade e estabilidade fenotípica das cultivares locais
de C. maxima. O primeiro capítulo refere-se à conservação dos recursos genéticos in situ de
abóboras regionais pelos agricultores na Amazônia Centro-Ocidental. O estudo utilizou
métodos qualitativos com aplicação de entrevistas estruturadas, diário de campo e visita à área
de plantio. O segundo capítulo investigou a variabilidade genética em cultivares locais de
abóbora regionais mantidos pelos agricultores de várzea da Amazônia Centro-Ocidental.
Técnicas de estimação de parâmetros genéticos foram aplicadas, ensaios de campo para
caracterização dos descritores morfoagronômicos quantitativos e qualitativos, avaliação do
Índice de Perda de Sanidade e Índice de Ocorrência de Vírus. Para estudar a variabilidade por
análise molecular foi utilizada a técnica de marcador molecular Amplified Fragment Length
Polymorphism - AFLP. O terceiro capítulo é um estudo sobre a estimativa dos parâmetros de
adaptabilidade e estabilidade fenotípica em cultivares locais de abóbora regional. Este estudo
mostrou que a agricultura familiar é responsável pela conservação das abóboras regionais (C.
maxima) nas várzeas da Amazônia Centro-Ocidental. Concluiu-se que a análise conjunta dos
resultados obtidos pelos métodos de estimação da variação genética por marcadores
moleculares, caracteres morfoagronômicos e níveis de adaptabilidade genética e estabilidade
fenotípica evidencia que as formas de cultivo e manejo adotados pelos agricultores familiares
mantêm a identidades das cultivares locais e, ao mesmo tempo, os níveis de diversidade. Em
acréscimo, a amostra obtida dentro de cultivares locais é mais eficiente quando confrontadas
com amostras obtidas entre as cultivares locais. Cultivares locais cultivadas e mantidas por
agricultores familiares têm níveis de adaptabilidade genética e estabilidade fenotípica
consistentes como aqueles apresentados pela cultivar comercial Xingó Jacarezinho. |