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Tese
Estudo fitoquímico e bioatividade de Diplotropis purpurea e Deguelia duckeana
O presente estudo fitoquímico descreve o isolamento e a identificação de nove substâncias obtidas dos extratos diclorometânico das raízes e hexânico dos galhos de Deguelia duckeana e três substâncias identificadas do extrato hexânico das folhas de Diplotropis purpurea, ambas pertencentes à famíli...
Autor principal: | Cursino, Lorena Mayara de Carvalho |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/5592800407583868 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2016
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4909 |
Resumo: |
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O presente estudo fitoquímico descreve o isolamento e a identificação de nove
substâncias obtidas dos extratos diclorometânico das raízes e hexânico dos galhos
de Deguelia duckeana e três substâncias identificadas do extrato hexânico das
folhas de Diplotropis purpurea, ambas pertencentes à família Fabaceae. O estudo
fitoquímico de Deguelia duckeana permitiu a identificação de estilbeno (3,5,4’-
trimetoxi-4-prenilestilbeno), chalconas (4-metoxilonchocarpina e 4-metoxiderricidina),
flavanonas (5-hidroxi-4’,7-dimetoxi-6-prenilflavanona e 5-hidroxi-4’-metoxiisolonchocarpina),
flavonas (3’,4’-metilenodioxi-7-metoxiflavona, 3’,4’,7-
trimetoxiflavona e racemoflavona) e uma lignana (iangambina). A flavanona 5-
hidroxi-4’,7-dimetoxi-6-prenilflavanona merece destaque, pois está sendo descrita
pela primeira vez na literatura, isolada de fonte natural. A chalcona 4-
metoxilonchocarpina, a flavona racemoflavona e a lignana também estão sendo
descritas pela primeira vez em Deguelia. Do estudo fitoquímico de Diplotropis
purpurea foram identificados três triterpenos lupeol, taraxerol e β-amirina. Com
exceção do lupeol, os demais triterpenos estão sendo descritos pela primeira vez em
Diplotropis. As substâncias foram identificadas por RMN de 1H e de 13C e CLAE/EM.
Visando encontrar substâncias e extratos ativos, os mesmos foram analisados
quanto ao potencial anticâncer e atividade antibacteriana. Quanto ao potencial
anticâncer, o ensaio foi realizado em células de neuroblastoma humano (SK-N-SH) e
verificou que a chalcona 4-hidroxilonchocarpina e a flavanona 4-hidroxiisolonchocarpina
apresentaram citotoxicidade pelo teste da liberação da enzima
lactato desidrogenase (LDH) bem como a ativação da enzima caspase-3, o que
infere dizer que essas duas substâncias possuem um mecanismo de necrose e
posterior apoptose. Os demais flavonoides induziram a fosforilação do fator de
alongamento eucariótico (eEF2) e uma flavona também induziu a fosforilação da
proteína quinase ativada por AMP (AMPK). Estes resultados sugerem que os
flavonoides apresentam potencial anticâncer por apresentar atividade na síntese de
proteínas. Quanto à atividade antibacteriana dos extratos de Diplotropis purpurea foi
observado que o extrato metanólico das folhas mostrou-se mais ativo contra três
bactérias: Serratia marcescens com CIM de 250 mg/mL, Bacillus cereus (CIM de
1000 mg/mL) com 66% de inibição em comparação ao controle positivo e
Providencia rettgeri (CIM de 250 mg/mL) apresentando 69,5% de inibição em
comparação ao controle positivo. O presente estudo destaca-se por contribuir
significativamente para o conhecimento científico das espécies Deguelia duckeana e
Diplotropis purpurea, pois os estudos das atividades biológicas dessas espécies e a
descrição de seis substâncias estão sendo relatadas pela primeira vez nos gêneros,
sendo uma descrita pela primeira vez como produto natural |