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Tese
Identidades amazônicas, saberes e currículo das escolas de Ensino Fundamental em Parintins-AM
Este trabalho é resultante da pesquisa desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), cuja finalidade foi investigar em que medida o currículo escolar dialoga com os saberes locais dos estudantes do ensino fundamental em Parintins-Amaz...
Autor principal: | Martins, Kézia Siméia Barbosa da Silva |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/9887743290929524 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2016
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5336 |
Resumo: |
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Este trabalho é resultante da pesquisa desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), cuja finalidade foi investigar em que medida o currículo escolar dialoga com os saberes locais dos estudantes do ensino fundamental em Parintins-Amazonas, de modo a contribuir para o reconhecimento e fortalecimento das identidades culturais amazônicas. Tal proposição se desdobrou na necessidade identificar como os sujeitos da escola (professores e estudantes) compreendem o currículo e os saberes locais que os identificam como amazonenses, realizando interlocuções teóricas e análises sobre currículo escolar, saberes e identidades culturais, sobretudo à luz das ideias de Moreira (2002; 2010; 2012), Apple (2006), Gimeno Sacristán (2012; 2000), Candau (2008; 2010; 2014), Paulo Freire (2003, 2011), Hage (2005, 2010), Geertz (2004; 2011), Woodward (2009) e Cuche (2002). Sob a perspectiva da Hermenêutica-Dialética, como método de abordagem e análise, os caminhos da pesquisa se concretizaram com uma atitude investigativa de compreensão da realidade observada, analisando criticamente suas contradições, intencionalidades e as vozes dos sujeitos que constituíram o estudo. A pesquisa foi realizada em 06 (seis) escolas de 9º ano do ensino fundamental na rede municipal de Parintins, com 75 (setenta e cinco) estudantes e 18 (dezoito) professores, por meio de análise documental, entrevistas, relatos de experiências docentes e realização de atividades didáticas com os alunos. Os discursos e práticas curriculares identificados na investigação comprovaram insuficiente visibilidade aos saberes locais que traduzem as identidades culturais dos estudantes parintinenses. Embora os sujeitos confirmem a importância desses saberes serem incorporados aos conteúdos curriculares, comprovou-se a ausência de diálogo e da inserção concreta dos mesmos no currículo escolar. Todavia os docentes evidenciaram que, quando tal inclusão ocorre, gera interesse e participação dos estudantes, contextualiza a aprendizagem e contribui para o reconhecimento das identidades culturais locais. Salientou-se a perspectiva do currículo intercultural crítico como possibilidade de dar visibilidade às identidades culturais dos sujeitos parintinenses, cujo diálogo se configura como estratégia pedagógica de debate sobre as diferenças e de contextualização dos conteúdos culturais mobilizados no currículo, contrapondo o monoculturalismo do saber, as concepções essencialistas e assimilacionistas de identidade e os currículos norteados por projetos comuns e uniformizantes que se constroem sob perspectivas antidialógicas, conteudistas e mercadológicas. Deste modo, o currículo escolar efetiva-se como espaço de contestação, de reflexão crítica e política, de troca e interlocução entre os diversos saberes construídos pelos grupos culturais em contexto amazônico. |