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Dissertação
Distribuição do Mercúrio lábil no sedimento do Reservatório de Balbina - Am/Brasil
A associação do mercúrio com a composição granulométrica e os diferentes aspectos geoquímicos do sedimento, pode oferecer informações importantes sobre a mobilidade deste elemento nos compartimentos ambientais. Os reservatórios são ambientes complexos de serem estudados, pois podem ser divididos...
Autor principal: | Oliveira, Cássio Augusto da Silva |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/9449950480085760 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2017
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5411 |
Resumo: |
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A associação do mercúrio com a composição granulométrica e os diferentes aspectos
geoquímicos do sedimento, pode oferecer informações importantes sobre a mobilidade deste
elemento nos compartimentos ambientais. Os reservatórios são ambientes complexos de
serem estudados, pois podem ser divididos em três compartimentos ambientais sendo eles,
compartimento Fluvial, de Transição e Lacustre, no entanto, o interesse em estudar a
associação do mercúrio com os aspectos geoquímicos em reservatórios construídos a partir do
represamento de rios amazônicos se deve principalmente ao impacto que estas construções
causam no ciclo biogeoquímico do mercúrio. O sedimento é um dos compartimentos
ambientais afetado pela inundação de parte da floresta que constitui a margem dos rios, e esta
inundação causa mudanças na composição geoquímica deste compartimento ambiental,
devido ao acréscimo de matéria orgânica e de metais com potencial tóxico como é o caso do
mercúrio. Neste sentido este estudo teve como objetivo principal avaliar os aspectos
geoquímicos que favorecem a distribuição de mercúrio lábil no sedimento do reservatório de
Balbina. Para tanto a coleta de sedimento foi realizada em 10 pontos de amostragem
localizados a montante da barragem durante o mês de maio de 2015, período sazonal chuvoso.
Nestas amostras foram determinadas a concentração de mercúrio total (HgT) usando o
analisador de mercúrio Direct Mercury Analyzer (DMA-80). A extração do mercúrio lábil
(HgL), ferro lábil (FeL), alumínio lábil (AlL) e manganês lábil (MnL) foram feitas usando o
método U. S EPA 3051a. A concentração do HgL foi determinada usando o espectrômetro de
fluorescência atômica do vapor frio, Tekran, modelo 2600, as concentrações do FeL, MnL e
AlL foram determinadas usando ICP-OS, Thermo®, modelo iCAP 7600 Series. O teor de
matéria orgânica (TMO) foi feito seguindo a metodologia 2540-G do Standard Methods
Online e para a análise granulométrica, utilizou-se o granulômetro por difração a laser
Mastersizer 2000, da Malvern. Os resultados obtidos foram analisados usando o coeficiente
de correção de Spearman, regressão linear simples (RLS) e as ferramentas quimiométricas
Análise Hierárquica de Cluster (AHC) e Análise das Componentes Principais (ACP). O TMO
variou na faixa de 2,08 - 48,29%, a composição granulométrica apresentou porcentagem nas
seguintes faixas, areia 46,86 - 94,18%, silte 4,97 - 48,03% e argila 0,85 - 5,92%. A
concentração de HgT variou entre 0,0123 - 0,3072 mg de HgT kg-1. A variação da
concentração dos metais extraídos foram, 4132,39 – 211896,20 mg de FeL kg-1, 1613,64 –
46437,64 mg de AlL kg-1, 0,0176 – 0,6133 mg de MnL kg-1 e 0,000 – 0,2560 mg de HgL kg-1.
A porcentagem de HgL no sedimento variou de 0 a 83% em relação a concentração de HgT e
esta variação foi influenciada pela característica geoquímica de cada ponto de coleta. O
coeficiente de correlação de Spearman mostrou que o HgL possui correlação forte positiva
para o TMO, silte, argila, FeL, MnL e AlL e forte negativa para a areia. Estas correlações
foram ratificadas pelo estudo quimiométrico destas variáveis, de forma que a AHC e ACP
mostraram a existência de três grupos de sedimento distinto no reservatório de Balbina. A
concentração de HgL é alta no compartimento fluvial (entrada do rio Uatumã e seus
tributários), no compartimento de transição (centro do reservatório) ocorre uma diminuição na
concentração e no compartimento lacustre (próximo a barragem) ocorre um aumento na
concentração. A RLS mostrou que concentração de HgT e HgL estão fortemente
correlacionadas e foi constatado que o HgT segue o mesmo padrão de comportamento
apresentado pelo HgL. A labilidade do mercúrio no sedimento pode estar sendo influenciada
pela elevada concentração de FeL, AlL, MnL, matéria orgânica e pH. |