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Tese
O homem, o rio e o viveiro: as relações de poder que entrelaçam o trabalho da piscicultura em Benjamin Constant, no Amazonas
Esta tese está assentada numa perspectiva interdisciplinar de compreensão do homem amazônico e sua condição social na Amazônia, na busca de analisar em que sentido a expansão do capital na região tem interferência nas práticas sociais do trabalho e na organização econômica dos piscicultores de Be...
Autor principal: | Ferreira, Marinilde Verçosa |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/0334395266472345 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2017
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
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oai:https:--tede.ufam.edu.br-handle-:tede-55942017-03-16T05:03:56Z O homem, o rio e o viveiro: as relações de poder que entrelaçam o trabalho da piscicultura em Benjamin Constant, no Amazonas Ferreira, Marinilde Verçosa Torres, Iraildes Caldas http://lattes.cnpq.br/0334395266472345 http://lattes.cnpq.br/2677966121712850 Fraxe, Therezinha de Jesus Pinto Ferreira, Sylvio Mario Puga Freitas, Marilene Corrêa da Silva Amazônia – Relações de Poder Piscicultura Economia solidária CIÊNCIAS HUMANAS Esta tese está assentada numa perspectiva interdisciplinar de compreensão do homem amazônico e sua condição social na Amazônia, na busca de analisar em que sentido a expansão do capital na região tem interferência nas práticas sociais do trabalho e na organização econômica dos piscicultores de Benjamin Constant, no Amazonas, enfatizando as estratégias forjadas pelo trabalhador da piscicultura para se inserir no mercado de trabalho. O Estado brasileiro como agente promotor e indutor do desenvolvimento voltou sua atenção para as elites nacional e local sob a diretriz do grande capital, em detrimento das comunidades tradicionais, dos recursos naturais e do trabalho dos povos tradicionais que têm na região o seu único espaço de sobrevivência. A presença do capital na Amazônia com seu cariz explorador, ao longo do seu processo histórico, interferiu negativamente na vida dos povos tradicionais. A ineficiência de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento do interior amazônico continua residual e, no caso dos trabalhadores da piscicultura, os benefícios sociais são inexistentes. O estudo, ora apresentado, elegeu como sujeitos da investigação os piscicultores da Associação dos Piscicultores de Benjamin Constant/AM, região do Alto Solimões, ouvidos sob a técnica de entrevista profunda. A pesquisa foi desenvolvida sob o aporte teórico-metodológico das ciências sociais, tendo na Sociologia, Antropologia, História e na Economia um diálogo fértil na perspectiva interdisciplinar. Dentre os múltiplos resultados constatados ficou claro o fato de que a piscicultura não tem grande impacto no orçamento das famílias, mas tem importância como renda complementar, representa a garantia das refeições e uma pequena renda extra. Ademais, é patente o fato de que sem a ação indutora do Estado a piscicultura popular sob o fluxo do trabalho do pequeno produtor, não consegue desenvolver-se para além da atividade de subsistência, chegando até o mercado de trabalho. Deve-se reconhecer, por fim, que há necessidade de implantação de uma nova racionalidade de trabalho voltada para o desenvolvimento do homem amazônico, o qual conta com a generosidade da natureza e suas potencialidades regionais. A economia solidária, neste sentido, apresenta-se como estratégia viável forjada pelos próprios trabalhadores, direcionada para o desenvolvimento da piscicultura popular, ou seja, voltada para dinamizar os empreendimentos e, por conseguinte, produzir em volume e competir no mercado, contribuindo para o empoderamento do homem amazônico. This thesis is based on an interdisciplinary perspective of the understanding of the Amazonian man and his social condition in the Amazon region, it seeks to analyze in what sense the expansion of the capital in the region has interference in the social practices of work and in the economic organization of the fish farmers of Benjamin Constant, in the state of Amazonas. It seeks to emphasize the strategies forged by the fish farmer to enter in the labor market. The Brazilian State as a promoter agent and a promoter of development has turned its attention to the national and local elites under the command of the great capital, to the detriment of the traditional communities, of the natural resources and the work of the traditional people who have in the region their only space of survival. The presence of the capital in the Amazon region with its explorer character, throughout its historical process, interfered negatively in the life of the traditional people. The inefficiency of public policies aimed to the development of the Amazonian interior remains residual and in the case of the fish farming workers, the social benefits do not exist. This study chose as subjects of the investigation the fish farmers of the Fish Farmers Association of Benjamin Constant / AM, region of Alto Solimões, heard under the technique of deep interview. The research was developed under the theoreticalmethodological contribution of the social sciences, having a fertile dialogue in the interdisciplinary perspective in sociology, anthropology, history and economics. Among the many verified results, it was clear that fish farming does not have a big impact on the family budget, but it is important as a supplementary income, it represents the guarantee of meals and a small extra income. It is clear that without the inductive action of the State, the popular fish farming under the flow of work of the small producer can’t develop beyond the subsistence activity, reaching the labor market. It must finally be recognized that there is a need to implement a new rationality of work aimed at the development of the Amazonian man, which counts on the generosity of nature and its regional potentialities. The solidarity economy, in this sense, is presented as a viable strategy forged by the workers themselves, directed to the development of the popular fish farming, that is, directed to encourage the ventures and, therefore, to produce in volume and to compete in the market, contributing to the empowerment of the Amazonian man. FAPEAM - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas 2017-03-15T15:13:42Z 2016-12-22 Tese FERREIRA, Marinilde Verçosa. O homem, o rio e o viveiro: as relações de poder que entrelaçam o trabalho da piscicultura em Benjamin Constant, no Amazonas. 2016. 260 f. Tese (Doutorado em Sociedade e Cultura na Amazônia) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2016. http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5594 por Acesso Aberto http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ application/pdf Universidade Federal do Amazonas Instituto de Ciências Humanas e Letras Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia |
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TEDE - Universidade Federal do Amazonas |
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econômica dos piscicultores de Benjamin Constant, no Amazonas, enfatizando as estratégias
forjadas pelo trabalhador da piscicultura para se inserir no mercado de trabalho. O Estado
brasileiro como agente promotor e indutor do desenvolvimento voltou sua atenção para as elites
nacional e local sob a diretriz do grande capital, em detrimento das comunidades tradicionais,
dos recursos naturais e do trabalho dos povos tradicionais que têm na região o seu único espaço
de sobrevivência. A presença do capital na Amazônia com seu cariz explorador, ao longo do
seu processo histórico, interferiu negativamente na vida dos povos tradicionais. A ineficiência
de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento do interior amazônico continua residual e,
no caso dos trabalhadores da piscicultura, os benefícios sociais são inexistentes. O estudo, ora
apresentado, elegeu como sujeitos da investigação os piscicultores da Associação dos
Piscicultores de Benjamin Constant/AM, região do Alto Solimões, ouvidos sob a técnica de
entrevista profunda. A pesquisa foi desenvolvida sob o aporte teórico-metodológico das
ciências sociais, tendo na Sociologia, Antropologia, História e na Economia um diálogo fértil
na perspectiva interdisciplinar. Dentre os múltiplos resultados constatados ficou claro o fato de
que a piscicultura não tem grande impacto no orçamento das famílias, mas tem importância
como renda complementar, representa a garantia das refeições e uma pequena renda extra.
Ademais, é patente o fato de que sem a ação indutora do Estado a piscicultura popular sob o
fluxo do trabalho do pequeno produtor, não consegue desenvolver-se para além da atividade de
subsistência, chegando até o mercado de trabalho. Deve-se reconhecer, por fim, que há
necessidade de implantação de uma nova racionalidade de trabalho voltada para o
desenvolvimento do homem amazônico, o qual conta com a generosidade da natureza e suas
potencialidades regionais. A economia solidária, neste sentido, apresenta-se como estratégia
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