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Dissertação
Análise psicodinâmica do adoecimento relacionado ao trabalho em uma empresa no Pólo Industrial de Manaus
A pesquisa teve como objetivo geral compreender a dimensão subjetiva do processo do adoecimento por Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho - DORT, em um grupo de trabalhadores em tarefa restrita de uma empresa no Pólo Industrial de Manaus. Utilizou-se a fundamentação teórico-metodológica...
Autor principal: | Freitas, Nadia Santos |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/5510141026229802 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2017
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5639 |
Resumo: |
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A pesquisa teve como objetivo geral compreender a dimensão subjetiva do processo do
adoecimento por Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho - DORT, em um grupo
de trabalhadores em tarefa restrita de uma empresa no Pólo Industrial de Manaus. Utilizou-se
a fundamentação teórico-metodológica da Psicodinâmica do Trabalho – PDT, que possibilitou
a análise psicodinâmica da dimensão subjetiva do trabalho. O método contribui para a
promoção da saúde e possui diferentes etapas: a pré-pesquisa, análise de demanda, constituição
de grupos de trabalhadores e pesquisadores, pesquisa propriamente dita, material de pesquisa,
observação clínica, método de interpretação, validação e refutação, os quais foram adequados
ao real da pesquisadora. Os resultados da clínica do trabalho e da ação sinalizaram a
banalização do mal, conforme desenvolvida por Dejours, com relação ao adoecimento
relacionado ao trabalho, na empresa pesquisada. A discussão dos resultados revelou
paradoxos na organização do trabalho, sofrimento imputado pela liderança, aceleração e
sobrecarga. Os laços de cooperação e mobilização coletiva estavam enfraquecidos, a
inteligência prática do trabalhador era ignorada e não havia um acompanhamento eficaz do
adoecimento relacionado ao trabalho. Ansiedade e insegurança estavam presentes, devido ao
medo de perder o emprego como resultado da condição de adoecimento por DORT e da crise
econômica. As estratégias coletivas utilizadas eram predominantemente defensivas e o grupo
desenvolveu alta tolerância as injustiças sofridas no cotidiano de trabalho. Na dimensão
individual, observou-se submissão e resignação à sobrecarga de trabalho movida pela
necessidade de subsistência. Ao término da clínica do trabalho, foi possível identificar alguns
movimentos individuais de estratégia de enfrentamento, em prol da saúde, e indícios de
elaboração do sofrimento. O grupo pesquisado não apresentou mobilização coletiva para
emancipação política ou estratégias de enfrentamento coletivas, no que diz respeito à
violência sofrida, possivelmente pela fragilidade da condição de adoecimento. |