Dissertação

Quantificação do HSV-1 na mucosa bucal de pacientes pediátricos com Leucemia Linfoblástica Aguda

Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) é a neoplasia maligna mais comum em crianças, principalmente do sexo masculino, sendo a quimioterapia o tratamento indicado para esses pacientes. Efeitos colaterais secundários decorrentes da terapia têm sido relatados, sendo a mucosite um dos mais comuns. Tem sido...

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Autor principal: Cunha, Renata Gualberto da
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/2024731377051978
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2017
Assuntos:
Acesso em linha: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5858
Resumo:
Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) é a neoplasia maligna mais comum em crianças, principalmente do sexo masculino, sendo a quimioterapia o tratamento indicado para esses pacientes. Efeitos colaterais secundários decorrentes da terapia têm sido relatados, sendo a mucosite um dos mais comuns. Tem sido sugerido na literatura que o HSV-1 desempenha papel importante na severidade da mucosite bucal em pacientes com doenças onco-hematológicas. Este trabalho quantificou o HSV-1 na mucosa bucal de pacientes pediátricos com LLA submetidos ao protocolo GBTLI LLA-2009, na Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (HEMOAM), correlacionando sua carga viral com as diferentes fases do tratamento e em relação a presença e graduação da mucosite bucal. Foram avaliados vinte pacientes por meio de exame clínico da mucosa bucal para identificação de lesões bucais, bem como a coleta de células da mucosa jugal em vários momentos das diferentes fases da quimioterapia. Foi realizada extração de DNA dessas amostras para posterior detecção e quantificação da carga viral do HSV-1 por meio da técnica de PCR em Tempo Real. Os dados foram analisados por meio dos testes de Mann Whitney e Kruskal Wallis com nível de significância de p ≤ 0,05. Do total de pacientes, metade era do sexo masculino, a maioria com idade entre 1 e 6 anos (80%) e com LLA do tipo B de baixo risco (75%). Lábios ressecados (15%) e mucosite bucal (35%) foram as manifestações bucais encontradas. Detectou-se a presença do HSV-1 na mucosa bucal de 80% dos pacientes em algum momento do tratamento quimioterápico havendo predominância do vírus na fase de Intensificação somente no grupo de pacientes com LLA B alto risco, não havendo diferenças na carga viral do HSV-1 nas diferentes fases do tratamento no grupo de LLA B de baixo risco. Maior ocorrência de mucosite foi observada na prefase/indução (75%) ocorrendo valores mais altos de carga viral nesses pacientes em relação aos livres de mucosite, porém sem significância estatística. Sugere-se que a presença do HSV-1 na mucosa bucal de pacientes com LLA B é frequente, e sua carga viral pode estar diferenciada nos subtipos de LLA B. No entanto, o papel do HSV-1 no surgimento da mucosite bucal ainda não está claro.