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Dissertação
Perfil do estresse oxidativo na lesão renal de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune do tecido conjuntivo, com etiopatogenia ainda não totalmente compreendida. Dentre as manifestações clínicas mais importantes do LES encontra-se a nefrite lúpica (NL) caracterizada como grave fator de risco de morbimortalidade, que durante...
Autor principal: | Souza, Giselle Katiane Bonfim Bacelar de |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/2916411009865556 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2017
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5978 |
Resumo: |
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O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune do tecido conjuntivo, com
etiopatogenia ainda não totalmente compreendida. Dentre as manifestações clínicas mais
importantes do LES encontra-se a nefrite lúpica (NL) caracterizada como grave fator de risco
de morbimortalidade, que durante os períodos de exacerbação ocorre a produção de
autoanticorpos e deposição de imunocomplexos na região dos glomérulos, favorecendo a
produção de espécies reativas do oxigênio que possivelmente agem como mediadores do dano
glomerular. Para melhor avaliar o perfil do estresse oxidativo na lesão renal de pacientes com
LES, foram selecionados 93 pacientes, com idade entre 15 e 49 anos, distribuídos entre os
grupos: lúpus controle (n = 30), nefrite lúpica (n = 31), lúpus ativo e sem lesão renal (n = 21)
e sem lúpus (n = 11), para realização de um estudo transversal, cujas amostras de sangue
coletadas foram submetidas às dosagens hematológica (hemograma completo), bioquímica
(ureia, creatinina, ácido úrico, proteínas totais e albumina), imunológica (complemento C3 e
C4) e de marcadores de estresse oxidativo (superóxido desmutase (SOD), catalase (CAT),
glutationa peroxidase (GPx), glutationa redutase (GR), tióis totais (SH), malondialdeído
(MDA), estado oxidante total (TOS), capacidade antioxidante total (TAC), índice de estresse
oxidativo (IEO) e alantoína). A atividade da GPx apresentou-se aumentada no LES controle, a
atividade da GR apresentou-se aumentada no LES ativo sem lesão renal, a concentração de
SH apresentou-se diminuída na NL e no LES ativo sem lesão renal, a concentração de MDA
apresentou-se elevada no LES ativo sem lesão renal, os níveis de TOS apresentaram-se
diminuídos na NL, os níveis de TAC apresentaram-se aumentados na NL, a determinação do
IEO apresentou-se diminuída na NL e os níveis de alantoína apresentaram-se aumentados nos
pacientes com LES (controle e em atividade). SLEDAI se correlacionou positivamente com
GR e MDA e negativamente com GPx, TOS, IEO e SH. Prednisona se correlacionou
positivamente com GR e negativamente com TOS, IEO e SH. Ureia se correlacionou
positivamente com GR e alantoína e negativamente com SH. Creatinina se correlacionou
positivamente com TAC e alantoína e negativamente com TOS, IEO e SH. Proteínas Totais se
correlacionaram positivamente com TOS, IEO, SH e MDA e negativamente com TAC e
alantoína. Albumina se correlacionou positivamente com GPx, TOS, IEO e SH e
negativamente com alantoína. Ácido úrico se correlacionou positivamente com alantoína e
negativamente com SH. C3 se correlacionou positivamente com SH e negativamente com
GR. Pacientes com lúpus eritematoso sistêmico, independente do órgão-alvo e em qualquer
grau da atividade da doença apresentaram alteração do estresse oxidativo, possivelmente
devido a um elevado consumo de antioxidantes endógenos e reduzida atividade de
antioxidantes enzimáticos. Novos estudos poderão aprofundar o conhecimento sobre os
possíveis benefícios da inclusão de antioxidantes no protocolo de tratamento desta doença. |