/img alt="Imagem da capa" class="recordcover" src="""/>
Dissertação
Atlas Morfossintático da Microrregião do Madeira - AMSIMA
O presente atlas foi desenvolvido abordando o nível morfossintático, sob os critérios da Dialetologia Pluridimensional e da Sociolinguística Variacionista com o objetivo de registrar os falares dos cinco municípios pertencentes à microrregião do rio Madeira, quais sejam, Borba, Novo Aripuanã, Man...
Autor principal: | Tavares, Liliane Sampaio |
---|---|
Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/8307092168763367 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2018
|
Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6100 |
Resumo: |
---|
O presente atlas foi desenvolvido abordando o nível morfossintático, sob os critérios da
Dialetologia Pluridimensional e da Sociolinguística Variacionista com o objetivo de registrar
os falares dos cinco municípios pertencentes à microrregião do rio Madeira, quais sejam,
Borba, Novo Aripuanã, Manicoré, Apuí e Humaitá. Para a obtenção dos dados, fez-se a
aplicação do Questionário Morfossintático (QMS) que apresenta 49 questões, elaborado para
a realização do Atlas Linguístico do Brasil (ALIB) e gravação de elocuções livres.O perfil dos
informantes foi estabelecido de acordo com o Atlas Linguístico do Amazonas – ALAM
(CRUZ, 2010): em cada município, foram entrevistados seis informantes, totalizando trinta
(30), sendo um homem e uma mulher em três faixas etárias: de 18 a 35 anos, de 36 a 55 anos
e de 56 anos em diante, todos nascidos nos municípios pesquisados, com pais e cônjuges
também nascidos na região, analfabetos ou com escolaridade até o 5º ano do ensino
fundamental, com boa condição de fonação e que não se ausentaram mais de 1/3 da sua vida
da localidade. Para a produção das 134 cartas morfossintáticas, usou-se um programa
computacional denominado SGVCLin, desenvolvido por (SEABRA, ROMANO &
OLIVEIRA, 2015), que permitiu também o armazenamento e mapeamento dos dados
coletados que, de maneira geral, permitiram a verificação da não realização de artigos diante
de nomes próprios de filhos/irmãos e de vizinhos. Dez substantivos no plural foram
apresentados aos informantes para que se verificasse a realização da variação do número.
Nesse caso, verificou-se, em maior número, a colocação de “UNS” antes dos substantivos.
Os dados permitiram, ainda, a observação da realização do uso de alguns pronomes como
“MIM”, realizado antes do verbo ao invés de “EU”. Permitiu, também, verificar o uso de
“VOCÊ” na posição de sujeito ao invés de “EU”. Entre “NÓS” e “A GENTE, constatou-se a
maior realização de “A GENTE”. E para chamar mais uma pessoa para sentar à mesa,
verificou-se a maior ocorrência de “COM NÓS” ao invés de “CONOSCO”. Quanto à
realização do tempo dos verbos, verificou-se a realização desta classe gramatical nos tempos
presente e pretérito perfeito do indicativo, mas não se verificou a realização no futuro do
presente e futuro do pretérito do indicativo. Sobre a concordância verbal de FAZ/FAZEM,
todos os informantes realizaram “FAZ” para a indicação de tempo. E quanto ao uso do “Não”
em respostas negativas, verificou-se a colocação antes e depois do verbo como, por exemplo
em: “Eu não tenho medo, não.” |