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Tese
Análise produtiva de sistemas agroextrativistas de Açaí-da-mata (Euterpe precatoria Mart.) na Amazônia central
O extrativismo, responsável pela colheita dos chamados produtos florestais não madeireiros, provê a subsistência de populações tradicionais, que aliam a conservação da floresta e o alívio da pobreza. Ademais esse processo vem se modificando ao longo dos anos, visto a realidade das populações que...
Autor principal: | Pinto, Fabiana Rocha |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/1178540969733283 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2018
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6278 |
Resumo: |
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O extrativismo, responsável pela colheita dos chamados produtos florestais não
madeireiros, provê a subsistência de populações tradicionais, que aliam a conservação
da floresta e o alívio da pobreza. Ademais esse processo vem se modificando ao longo
dos anos, visto a realidade das populações que vivem dessa atividade e de acordo com
os interesses de mercado, um dos produtos sugeridos por esse modelo é o cultivo e
extração do açaí, sugerido por um aumento de demanda, feito por agricultores e
agroindústrias. O objetivo deste estudo é caracterizar os diferentes sistemas de produção
agroextrativista (Mata nativa, quintais, consórcios e monocultivos). A área deste estudo
foi o município de Anorí, localizado no Estado do Amazonas, Brasil, distante 194,5 km
em linha reta, à margem esquerda do rio Solimões. Foram considerados como sistemas
produtivos: (i) mata nativa, (ii) quintais, (iii) consórcios e (iv) monocultivos. A partir
desses quatro modelos, foram analisados outros fatores para descrever essas áreas de
produção, via análise descritiva, considerando informações ecológicas como: estrutura,
adubação, irrigação, luz, histórico das áreas, assistência técnica, subsídios do governo.
Foram instaladas 17 parcelas, onde não houve uma padronização, nem para sistemas,
nem para áreas, enquanto a forma e o modelo a se indicar como padrão para alcançar
uma boa produção, ao menos de maneira ordenada e contínua. Só há investimentos em
adubação em sistemas domesticados, não há irrigação, mas já se apresenta alguns testes
empíricos sobre espaçamento, observando por exemplo qual intensidade de luz pode
otimizar a produção. Além de informações sobre algumas indicações de manejo, que
parece estar muito mais atrelada ao proprietário da área do que à necessidade da
espécie. As avaliações realizadas para entender esses sistemas produtivos, concluem que
não há uma padronização, para nenhum modelo estabelecido, sendo principalmente
dependente dos proprietários de cada uma das áreas, sua disponibilidade econômica, seu
conhecimento tradicional, a disponibilidade de assistência técnica. Ademais, as poucas
informações disponíveis advêm de uma espécie do mesmo gênero, mas que em quase
nada compartilha das mesmas características, principalmente das que proporcionam
maiores interferências, como luz, água e nutriente. Não obstante, tem-se áreas com
comportamentos e históricos diferentes, o que não deixa concretizar as definições para
um protocolo de produção. Ademais, as características fisiológicas da planta acabam
modificando ao longo do gradiente, apenas sugerindo possíveis intervenções sobre
como tratar a espécie. |