Dissertação

Prevalência de crianças com provável Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação: um saber necessário para inclusão educacional no contexto amazônico

A educação inclusiva tem como princípio básico assegurar a educação para todos, por essa razão, todos os indivíduos e, em especial, aqueles com necessidades educacionais especiais, (NEE) têm o direito à educação garantida pela Constituição brasileira (BRASIL, 1988). Neste cenário, temos as crianças...

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Autor principal: Cabral, Glória Cristina Fialho
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4317355737536519
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2018
Assuntos:
Acesso em linha: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6429
Resumo:
A educação inclusiva tem como princípio básico assegurar a educação para todos, por essa razão, todos os indivíduos e, em especial, aqueles com necessidades educacionais especiais, (NEE) têm o direito à educação garantida pela Constituição brasileira (BRASIL, 1988). Neste cenário, temos as crianças com Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC). O TDC é caracterizado por atraso no desenvolvimento da coordenação motora que interfere, significativamente, nas atividades da vida diária (AVD) e nas atividades da vida escolar (AVE). A prevalência estimada na população infantil é de 6%, o que o torna um dos transtornos desenvolvimentais mais frequentes. Os estudos de prevalência são considerados os primeiros passos na identificação dessas crianças, principalmente, no contexto amazônico. Nosso objetivo foi estimar a prevalência de crianças com provável Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação nos primeiros anos do ensino fundamental. A amostra foi composta por 200 crianças de 7 a 10 anos de idade de ambos os sexos, matriculadas regularmente em escolas públicas do sistema municipal de educação da cidade de Manaus-AM. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi a Bateria de Avaliação do Movimento para Crianças (MABC 2). A análise dos dados foi descritiva, envolveu a média, como medida de tendência central, e o desvio padrão, como medida de dispersão. Também utilizamos a frequência e a porcentagem de casos. Os resultados indicaram prevalência geral, de 30,5% (61) de crianças com pTDC, sendo que 15,5% (31) apresentaram pTDCs e 15% (30) pTDCm. Assim, concluímos que a prevalência de pTDC, no contexto amazônico, é muito superior à indicada pela literatura internacional. As idades de 7, 8 e 10 anos apresentaram prevalências altas e, com relação ao sexo, os meninos apresentaram prevalência maior em relação às meninas. Dessa forma, a identificação de crianças com pTDC é imprescindível, uma vez que se provê informações fundamentais para orientações pedagógicas para professores e pais, para condução e planejamento de atividades escolares, bem como elaborar e/ou indicar programas de intervenção que minimizem as interferências negativas ao curso desenvolvimental. Participar do processo de inclusão é estar predisposto a respeitar as diversidades. É fulcral, portanto, que a escola proporcione um ambiente voltado para a perspectiva de inclusão educacional, onde venha agregar às diversidades, ou seja, uma escola aberta para todos. E aqui, reafirmamos a importância de perspectivar a inclusão da criança com pTDC no contexto amazônico.