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Dissertação
Comunitários e arqueólogos: uma etnografia do fazer arqueológico nas comunidades do Lago do Limão (Iranduba) e do Rio Pardo (Presidente Figueiredo), Amazonas
Há décadas a região amazônica tem sido palco de pesquisas arqueológicas. A partir deste cenário e do diálogo entre a antropologia e a arqueologia esta etnografia foi construída por meio da descrição densa. A pesquisa foi multissituada entre dois projetos de arqueologia realizados no Estado do Ama...
Autor principal: | Benedito, Vanessa de Carvalho |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/7733790788862777 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2018
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6450 |
Resumo: |
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Há décadas a região amazônica tem sido palco de pesquisas arqueológicas. A partir deste
cenário e do diálogo entre a antropologia e a arqueologia esta etnografia foi construída por meio
da descrição densa. A pesquisa foi multissituada entre dois projetos de arqueologia realizados
no Estado do Amazonas: o PAC e o COMIDA. O recorte foi à duas comunidades, o Lago do
Limão em Iranduba e o Rio Pardo em Presidente Figueiredo. O PAC teve duração de quase
duas décadas e o COMIDA está em curso desde 2012. O objetivo foi entender a dinâmica
humana do presente, as relações entre comunitários e pesquisadores no contexto da pesquisa
arqueológica. A etnografia pretendeu visibilizar os sujeitos dando vozes aos mesmos. A
pesquisa no Lago do Limão foi pensada como laboratório de descrição e análise das relações
entre comunitários e pesquisadores, e como base comparativa para o que tem sido desenvolvido
no Rio Pardo, entendendo a pesquisa antropológica uma produção etnográfica fundamentada
no conhecimento adquirido a partir da observação, descrição e análise em busca de uma
tradução a respeito do outro. As hipóteses que permearam a etnografia em tela é de que uma
postura de autoridade científica adotada junto aos comunitários poderia interferir na extroversão
dos objetivos da pesquisa em arqueologia; o que dificulta a compreensão da presença e do
trabalho do arqueólogo pelo comunitário é o ruído na comunicação entre ambos. Predominando
os recorrentes pré-julgamentos voltados para o saque ao patrimônio “da comunidade”. A
antropologia pode contribuir de forma positiva para o estabelecimento das relações entre
sujeitos pesquisadores e comunitários, quase sempre estigmatizadas como relação etnocêntrica
ou colonizadoras. |