Com um enfoque interdisciplinar entre a Antropologia e Arqueologia, esta pesquisa analisa os usos e contra usos que determinados sujeitos fazem da Praça Dom Pedro II, patrimônio histórico e arqueológico da cidade de Manaus, enquanto possuidores do direito de usufruir dos espaços públicos. O que permite classificar a praça como um “fato social total”, no qual se observa múltiplas dimensões, como econômico, sagrado, estético e morfológico, presentes nas relações estabelecidas pelo Poder Público e por seus usuários. A pesquisa se baseia na cultura material, representada pelos vestígios arqueológicos e históricos, na observação de campo dos usos e contra usos e em entrevistas abertas. A partir da etnografia estuda as mudanças ocorridas com o processo de enobrecimento ao longo dos anos no Centro Histórico de Manaus, o que ocasiona uma “guerra de lugares”, em que temos as ações políticas com vista à proteção e à requalificação desse bem, em contraposição encontram-se determinados sujeitos, muitas vezes marginalizados, como é o caso de profissionais do sexo, dos vendedores ambulantes e das pessoas em situação de rua que usam e ressignificam esse espaço.
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