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Dissertação
Ambientalização do campo científico: simetrias e assimetrias da pesquisa ambiental na Universidade Federal do Amazonas
A partir segunda metade do século XX ocorre uma inserção intensa das temáticas ambientais nas ações do Estado, nas relações de mercado e nas reivindicações que partem da sociedade civil organizada ou não. Esse fenômeno vem sendo denominado de processo de ambientalização que significa o processo d...
Autor principal: | Siqueira, Marklize dos Santos |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/6694983267159788 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2018
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6571 |
Resumo: |
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A partir segunda metade do século XX ocorre uma inserção intensa das temáticas
ambientais nas ações do Estado, nas relações de mercado e nas reivindicações que partem
da sociedade civil organizada ou não. Esse fenômeno vem sendo denominado de processo
de ambientalização que significa o processo de institucionalização das demandas que
envolvem o ambiente nas políticas públicas estatais e privadas. As instituições científicas
também participam deste processo de ambientalização, seja por meio da criação de grupos
de pesquisa para tratar da temática, seja pelo redirecionamento de trabalhos de grupos já
existentes que incorporam a temática ambiental. As instituições científicas presentes na
Amazônia não estão alheias a estes processos. Em face disso, nos cabe compreender as
dinâmicas que marcam a inserção do debate sobre a questão ambiental na produção
científica de grupos de pesquisa. Para compreender essa problemática temos como locus
desta pesquisa a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e como objetivo central
compreender como a Questão Ambiental vem sendo tratada como parte dos objetos de
investigação em grupos de pesquisa na UFAM. Os objetivos específicos são os seguintes:
1) conhecer a trajetória social de cientistas líderes de grupos de diferentes áreas do
conhecimento científico; 2) Investigar as vinculações entre a trajetória acadêmica
universitária dos líderes dos grupos de pesquisa e a Questão Ambiental; 3) Examinar a
caixa preta da pesquisa científica, que tem como foco a Questão Ambiental, a partir da
prática científica nos grupos de pesquisa. Como metodologia fizemos uso do modelo de
Planos de Organização Social, proposto por Geertz (2012), que permite tornar
compreensível a dinâmica que permeia o local e a temática estudada. As fontes de dados
principais foram narrativas colhidas por meio de entrevistas semi-estruturadas e que
tiveram o suporte teórico-metodológico vinculado aos estudos sobre memória social;
além disso, fizemos uso de diário de campo, pesquisa de documentos on line na base de
dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES). Com base
nos dados de campo, podemos inferir que as formas de enfrentamento dos problemas
advindo da Questão Ambiental estão longe de ter uma frente única e harmoniosa de
soluções, pois se configuram como um espaço de conflitos, discordâncias e múltiplos
olhares. Na Universidade Federal do Amazonas encontramos um franco processo de
ambientalização do campo científico em aberto, se fazendo e que se expressa nos modos
de fazer ciência/pesquisa nos grupos de pesquisa da universidade. |