Dissertação

Sentidos atribuídos a partir do diagnóstico de HIV/AIDS em mulheres transgênero à luz da fenomenologia de Heidegger

A AIDS já pode ser considerada uma epidemia, cujo adoecimento ganha contornos diversos do ponto de vista psicossocial e de saúde mental. Em 2014, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu o conceito de populações chave, que são populações que apresentam maior prevalência de casos de HIV/AIDS,...

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Autor principal: Porto, Rafael Luiz de Aguiar
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8238694388361425
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2018
Assuntos:
Acesso em linha: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6752
Resumo:
A AIDS já pode ser considerada uma epidemia, cujo adoecimento ganha contornos diversos do ponto de vista psicossocial e de saúde mental. Em 2014, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu o conceito de populações chave, que são populações que apresentam maior prevalência de casos de HIV/AIDS, são elas: pessoas que usam drogas, profissionais do sexo, homens que fazem sexo com outros homens (HSH) e pessoas transgênero. Sendo transgênero a população com 49 vezes mais chance de infecção pelo vírus HIV. Por transgênero entende-se pessoas que nasceram com um sexo biológico, mas identificam-se com o gênero oposto ao atribuído no seu nascimento. Sendo assim, essa pesquisa de mestrado teve como objetivo investigar os sentidos atribuídos por mulheres transgênero a partir do diagnóstico de HIV/AIDS. Foi uma pesquisa de natureza qualitativa e se desenvolveu a partir dos conceitos fenomenológicos, que tem por cunho fazer a compreensão do que o outro traz em seu discurso. O método foi o fenomenológico de pesquisa em Psicologia e foi utilizada a entrevista fenomenológica. Os dados foram coletados a partir de uma questão norteadora que sofreu desdobramentos, possibilitando assim identificar os significados dos discursos e a formação das categorias de análise para que seja feita a compreensão dos dados. Como resultados foram obtidas as seguintes categorias: "E o mundo-vivido é expresso a partir da vulnerabilidade”, “E no calar escondo a dor e o sofrimento”, “A partir da comunicação do diagnóstico, outra dimensão é vivenciada: a finitude, o limite do humano”, “Re-viver o momento da contaminação”, “Ser-trans e ser-PVHA, duplo estigma”, “O ser-com e o cuidado”. As entrevistadas trouxeram como vivências principais o sofrimento quando do diagnóstico, o duplo estigma de ser transgênero com HIV e o redimensionamento existencial ao exercer o ser-com.