O estudo teve como objetivo principal conhecer o perfil soroepidemiológico das
infecções causadas pelos vírus da hepatite B (VHB), hepatite C (VHC) e imunodeficiência
humana (HIV) nos profissionais de saúde atuantes nos serviços de hemodiálise na cidade de
Manaus. Foram incluídos 72 profissionais de saúde que realizam atendimento direto aos
pacientes e que estão expostos a material biológico proveniente da hemodiálise. Médicos,
enfermeiros e técnicos de enfermagem que aceitaram participar do estudo, responderam, sob
entrevista individual, questionário geral com perguntas relacionadas às atividades de trabalho
e vida pessoal para identificação de fatores de risco associados à transmissão dos vírus. Após
a entrevista foram coletadas amostras de sangue e encaminhadas ao HEMOAM para
identificação de marcadores sorológicos anti-HBs, anti-HBc e HBsAg para VHB, anti-VHC
para o virus hepatite C e anti-HIV para o virus HIV por método ELISA. Realizamos um
roteiro observacional para avaliar a veracidade das informações fornecidas quanto ao uso do
equipamento de proteção individual. A amostra é composta por 4% de médicos, 15%
enfermeiros e 81% técnicos de enfermagem, com idade média de 33 anos e predominância do
sexo feminino (81%), com média de 5,5 anos atuando na área de nefrologia, 97% receberam
imunização para VHB, porém. Todos os participantes informaram a utilização do
equipamento de proteção individual, 40% sofreram acidente com material biológico, com
predominância da enfermagem, 10% informaram história pregressa para hepatite desses 71%
foram evidenciados a presença de marcadores sorológicos para VHB, 66 indivíduos
informaram contato com portadores de hepatites e 63% apresentaram positividade para
marcadores do VHB. Dos 72 participantes, 7 (9%) apresentaram positividade para os
marcadores sorológicos anti-HBs e anti-HBc simultaneamente nestes casos foi aplicado
questionário específico onde, seis (86%) nasceram na região Norte do Brasil, dois (30%) tem
parentesco com portadores de hepatite (filha, esposo), porém não souberam informar com
certeza qual tipo de hepatite, um (15%) informou ter tido hepatite na adolescência, contudo
desconhece o tipo de hepatite. Nenhum dos participantes sabia sobre a presença do marcador
anti-HBc em exames realizados anteriormente ao estudo. Não identificamos infecção pelo
VHB, VHC e HIV no grupo, a imunização vacinal foi superior a outros estudos semelhantes,
4% mostraram-se suscetível a infecção, 25% não utilizavam o EPI.
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