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Dissertação
Extração da celulose da casca da banana prata (M.spp) por um método verde e avaliação da influência de água na estrutura molecular da celulose
A casca da banana prata é um rejeito que causa danos ambientais devido ao seu grande volume oriundo do consumo e da bananicultura. Por ser uma fonte rica em celulose e por sua disponibilidade, a casca da banana prata foi escolhida para extração de celu- lose através de uma rota menos agressiva a...
Autor principal: | Lima, Suzan Xavier |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/9699421033558398 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2019
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6884 |
Resumo: |
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A casca da banana prata é um rejeito que causa danos ambientais devido ao seu
grande volume oriundo do consumo e da bananicultura. Por ser uma fonte rica em celulose
e por sua disponibilidade, a casca da banana prata foi escolhida para extração de celu-
lose através de uma rota menos agressiva ao ambiente. Utilizando baixa concentração de
solução de NaOH 5%, e menos reagentes em proporção para o branqueamento, a celulose
foi extraída, no entanto, não em sua totalidade pois através das análiises de Difração de
Raios X (DRX), Espectroscopia na região do Infravermelho com Transformada de Fourier
(FTIR), Termogravimetria (TG) e Calorimetria Diferencial de Varrimento (DSC) pode-se
identificar a presença de frações de seus componentes (hemicelulose e lignina). Através do
refinamento de Le Bail a partir dos padrões de DRX, verificou-se que a celulose extraída é
do tipo Iα nativa, ou seja, o tratamento de mercerização e branqueamento não alteraram
seu tipo nativo, apresentando os seguintes parâmetros de cela: a = 9.985 ̊A; b = 6.732
̊A, c = 6.552 ̊A, α = 72.940, β = 116.424 e γ = 126.046. Para entender a interação da
celulose com a àgua, a celulose foi submetida ao processo de liofilização. Através dos
dados de DRX, verificou-se que o processo de liofilização alterou a conformação das ca-
deias de celulose, resultando em um relaxamento molecular ao longo das direções [100]
e [010], resultando no aumento dos parâmetros de cela nessas direções, sugerindo que a
retirada das moléculas de água por meio da liofilização, interferiu diretamente na confor-
mação da celobiose dentro da cela unitária. Utilizando o método de deconvolução de picos,
observou-se que, apesar das modificações observadas no padrão de DRX, o percentual de
cristalinidade não teve um aumento significativo em termos de áreas de picos de difração.
As análises térmicas apontaram para a degradação da celulose liofilizada em 230 °C, um
aumento de aproximadamente 23 °C em relação à celulose não liofilizada, o que pode ser
entendido como um aumento da estabilidade da celulose após a liofilização. A morfologia
das amostras foi feita através da técnica de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV).
A morfologia da casca da banana prata in natura, apresentou morfologias irregulares, e a
morfologia da celulose não liofilizada(CNL) em comparação com a celulose liofilizada(CL)
não apresentou variações, ambas mostraram as nanofibras de celulose emaranhadas. Os
diâmetros médios das nanofibras não se alteraram com o processo de liofilização, resul-
tando em 11,6 nm para a CNL e 11,1 nm para a CL. Acreditamos que esta pesquisa tem
sua relevânica sob o ponto de vista da ciência, uma vez que propõe um método verde e
menos agressivo sob o ponto de vista ambiental, al ́em de servir como uma proposição de
alternativa para a recuperação de uma das principais biomassas da região norte, a casca
da banana prata. |