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Dissertação
Gestão ambiental em instituições educação superior no Brasil: o discurso e a realidade
As discussões em torno da sustentabilidade e da gestão ambiental são uma realidade nas Instituições de Educação Superior no Brasil. Em virtude disto, buscou-se revelar um panorama da Gestão Ambiental em IES, tentando responder se o discurso em prol da sustentabilidade se configura em ações no dia a...
Autor principal: | Nascimento, Joziane Mendes do |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/1825382298194196 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2019
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7114 |
Resumo: |
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As discussões em torno da sustentabilidade e da gestão ambiental são uma realidade nas Instituições de Educação Superior no Brasil. Em virtude disto, buscou-se revelar um panorama da Gestão Ambiental em IES, tentando responder se o discurso em prol da sustentabilidade se configura em ações no dia a dia destas organizações. Para tanto, foram avaliadas trinta publicações da base de dados do Periódicos Capes. Os resultados revelam que a despeito da gravidade dos problemas ambientais vivenciados pela humanidade e dos diversos compromissos assumidos através da assinatura de acordos, a Gestão Ambiental ensinada não é vivenciada pelas IES. As ações praticadas são pontuais e corretivas, não estão estruturadas sistematicamente. As deficiências atingem também o Ensino, onde se percebe a ausência educação ambiental nos currículos de cursos de graduação e pós-graduação avaliados. Envolve a Pesquisa sobre o tema que demonstra ser necessário formar profissionais com capacidade de tomar decisões a partir da consideração da sustentabilidade ambiental em seus futuros negócios e urgência formar docentes e pesquisadores com habilidade em lidar com a complexidade da temática ambiental. Os desafios apontados englobam desde a complexidade que envolvem o funcionamento das IES, o modelo mental de que a terra possui capacidade infinita de geração de recursos e recepção de dejetos, o consenso absurdo envolvendo estudantes, funcionários e docentes que não questionam as práticas, muitas vezes danosas ao meio ambiente, o mito da universidade racional relacionado à propagação da ideia de que as estas já atingiram o nível mais alto possível de funcionalidade, a restrição orçamentária, a falta de consciência ambiental, as barreiras culturais que viciam alguns comportamentos, a restrição de espaço para implementação de infraestrutura para gerenciamento ambiental, demandas institucionais de outras naturezas consideradas prioritárias a curto e médio prazo, falta de reconhecimento de recompensa por adotarem ações sustentáveis e a crença de que os governos vão resolver os problemas se eles se tornarem um risco real. Os caminhos apontados mostram a necessidade de mudança na forma de atuação das IES, do comprometimento da alta administração, da estruturação das práticas de gestão ambiental, da ampliação dos estudos sobre o tema, da capacitação de profissionais, da abordagem do tema nos currículos, do fomento à discussão dentro e fora do seu contexto, do fortalecimento da educação ambiental e da disseminação dos benefícios de um sistema de gestão ambiental. Sendo assim, constata-se que suas ações devem envolver práticas condizentes com os comportamentos e iniciativas requeridas pelo contexto do qual fazem parte. Devem estar atentas às mudanças ocorridas à sua volta, atuando como produtoras de soluções para os males enfrentados pela sociedade, evidenciando a emergência do movimento global para incorporar princípios de gestão ambiental nos regimentos e práticas das Instituições de Educação Superior. |