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Tese
Aspectos morfológicos da pele e avaliação qualitativa do couro de pirarara (Phractocephalus hemioliopterus, Bloch & Schneider 1801) oriundo do estado do Amazonas
A pesca na Amazônia se caracteriza pela riqueza de espécies exploradas, pela quantidade de pescado capturado e pela dependência da população local por essa atividade. Estudos demonstraram ser importante realizar a histologia da arquitetura das fibras colágenas da derme dos peixes. Os couros de pe...
Autor principal: | Rocha, Maria do Perpetuo Socorro Silva da |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/4373899463442196 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2019
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7357 |
Resumo: |
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A pesca na Amazônia se caracteriza pela riqueza de espécies exploradas, pela
quantidade de pescado capturado e pela dependência da população local por
essa atividade. Estudos demonstraram ser importante realizar a histologia da
arquitetura das fibras colágenas da derme dos peixes. Os couros de peixes
são considerados uma alternativa na busca por novos subprodutos que
contribuam para o desenvolvimento sustentável. Este trabalho teve como
objetivo uma análise descritiva da pele e avaliação qualitativa dos couros de
pirarara provenientes do Estado do Amazonas. As análises foram
desenvolvidas no Laboratório de Tecnologia do Pescado da UFAM, Laboratório
de Tecnologia na planta-piloto de curtimento de peles-INPA, Laboratório
Temático de Microscopia Óptica e Eletrônica – LTMOE/CPAAF/INPA e Laboratório
de Estudos em Couro e Meio Ambiente (LACOURO-RS). Os resultados de
produção para pirarara, desembarcada em diferentes locais do Estado do
Amazonas, entre 2001 e 2012, foram de 3378 t. A composição centesimal da
pele in natura coletada no período da cheia (2010) e seca (2011) apresentou
respectivamente: Umidade: 61,20% e 58,43%; Proteínas: 38,29% e 42,00%;
Lipídios: 1,36% e 3,9%. Cinzas: 0,63% e 0,67%. Na pele in natura observa-se
uma epiderme delgada e, logo abaixo, uma derme superficial com
cromatóforos contendo grânulos abundantes e bastante evidentes de
melanina. A região média dorsal, a derme superficial e profunda composta
por arranjo de fibras colágenas do tipo I dispostas no sentido longitudinal,
transversal e vertical. Na região anterior dorsal (época da seca) e região final
dorsal (época da cheia) há presença de fibras compactas, não apresentando
evidencias de diferença entre as épocas. Na região dorsal anterior em relação
ao comprimento do corpo (época da cheia), foi observada que as fibras
colágenas encontram-se menos compactas e íntegras, dispondo-se em
ângulos próximos a 45º ao longo da pele, cruzando com outras que lhes são
perpendiculares ocorrendo um “entrelace”, formando feixes longos e bem
orientados. Na etapa de recurtimento/engraxe, observa-se fibras e fibrilas
colágenas bem individualizadas e espaçadas, propiciando a flexibilidade e
maciez ao couro. O curtimento ao vegetal obteve-se resultado satisfatório. As
espessuras médias dos couros utilizados para os testes de resistência a
tração e alongamento e para o rasgamento progressivo foram 1,54 e 1,57mm.
Para tração e alongamento, a resistência ao rasgo foi menor no período da
cheia (55,63 N/mm) comparado ao da seca (69,86 N/mm) e a força máxima
foi menor na cheia (80,20 N) em relação à seca (97,17 N). Somente a força
máxima do rasgamento – longitudinal (76,63 N) e transversal (83,77 N) –
diferiu significativamente. A comparação dos períodos de cheia e seca não
demonstrou diferença significativa quanto aos cortes – 19,73 e 20,09 N/mm2
para tensão máxima; 62,19 e 63,30 N/mm para rasgo – para os sentidos
longitudinal e transversal, respectivamente. Quanto ao alongamento, a maior
resistência foi no sentido transversal (40,62%) em relação ao longitudinal
(33,29%). |