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Tese
Diversidade e distribuição potencial de assembleias de serpentes na Amazônia
Entender os padrões de diversidade das espécies sempre foi uma das grandes questões em Ecologia, principalmente em ambiente com alta heterogeneidade e uma rica biodiversidade como a Amazônia. Dentre os grupos com alta diversidade nesse bioma estão as serpentes, sendo atualmente conhecidas cerca d...
Autor principal: | Luiz, Luciana Frazão |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/5437262471221352 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2019
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7387 |
Resumo: |
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Entender os padrões de diversidade das espécies sempre foi uma das grandes questões em
Ecologia, principalmente em ambiente com alta heterogeneidade e uma rica biodiversidade
como a Amazônia. Dentre os grupos com alta diversidade nesse bioma estão as serpentes, sendo
atualmente conhecidas cerca de 225 espécies no bioma. Muitos estudos (ecológicos, de história
natural, genéticos, etc.) têm sido realizados com serpentes na última década, mas ainda existe
muita escassez de informação com relação à diversidade taxonômica, filogenética e
distribuição. Isso porque as serpentes apresentam hábitos crípticos e são dificilmente
detectadas, principalmente em regiões de florestas densas como a Amazônia. Estudos sobre
conhecimento taxonômico, riqueza, distribuição espacial e biogeografia da biota são urgentes,
considerando o alto grau de ameaça que a Amazônia sofre com relação a mudanças climáticas
de uso da terra. Nesse sentido nós objetivamos caracterizar a composição, diversidade
taxonômica e filogenética e a distribuição potencial de assembleias de serpentes na Amazônia.
Para isso organizamos este estudo em três capítulos com objetivos distintos, porém
convergentes em fornecer embasamento científico para a conservação da biodiversidade. No
capítulo I relatamos a composição de assembleias de serpentes em seis áreas pouco exploradas
da Amazônia brasileira, com base em amostragem de campo realizada ao longo de quatro anos
usando métodos padronizados. Verificamos que a diversidade de serpentes é maior do que a
esperada, o que foi apoiado pela amostragem de pelo menos três grupos de indivíduos que não
puderam ser identificados ao nível da espécie e pela alta taxa de substituição de espécies nas
assembleias. Destacamos ainda a importância de pesquisas de fauna padronizadas em áreas
menos amostradas no bioma amazônico. No capítulo II, testamos por meio de modelos de
distribuição de espécies (SDMs) se as espécies de serpentes são amplamente distribuídas no
bioma e quais variáveis modulam essa distribuição potencial. A maioria das espécies não
apresenta ampla adequabilidade de habitat, sendo os extremos leste e oeste da Amazônia as
regiões mais adequadas. Por fim observamos que a vegetação e a precipitação modulam a
distribuição de espécies no bioma. No capítulo III, investigamos a diversidade críptica de
serpentes no bioma, utilizando filogenias expandidas e um modelo biogeográfico. Verificamos
que a diversidade de serpentes é subestimada em até 19,6% e enfatizamos a importância de
levar em consideração a cripticidade das espécies e suas histórias evolutivas, principalmente
em estudos em grandes escalas e ambiente heterogêneo como a Amazônia. |