Dissertação

Efeitos da manipulação osteopática em trabalhadores feirantes com dor lombar crônica inespecífica: ensaio clínico randomizado

Introdução: A dor lombar pode atingir até 80% da população mundial, sendo a principal causa de afastamento laboral. A fisioterapia utiliza de recursos e técnicas para tratar a dor lombar, dentre elas a Osteopatia. Pertencente às terapias manuais, a Osteopatia pode auxiliar no tratamento da dar lomba...

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Autor principal: Estrázulas, Jaisson Agne
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8329473677402923
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2020
Assuntos:
Acesso em linha: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7659
Resumo:
Introdução: A dor lombar pode atingir até 80% da população mundial, sendo a principal causa de afastamento laboral. A fisioterapia utiliza de recursos e técnicas para tratar a dor lombar, dentre elas a Osteopatia. Pertencente às terapias manuais, a Osteopatia pode auxiliar no tratamento da dar lombar crônica inespecífica através de técnicas de manipulação vertebral. Objetivo: Investigar os efeitos de duas técnicas manipulativas da Osteopatia, alta velocidade e baixa amplitude e músculo energia, em trabalhadores feirantes com dor lombar crônica inespecífica. Métodos: Ensaio clínico randomizado, duplo cego. A amostra foi composta por 30 trabalhadores feirantes da cidade de Manaus-AM, apresentando dor lombar crônica inespecífica, selecionados aleatoriamente para um único dia de intervenção. Foram aplicados os questionários de anamnese, incapacidade funcional (Roland-Morris), qualidade de vida (SF-36) e medos e crenças (FABQ-Phys e FABQ-Work) para análise descritiva. Para a comparação dos efeitos pré e pós-intervenção foram aplicados a escala de intensidade da dor (NPRS), o teste de Schober para mobilidade e o dinamômetro isocinético Biodex-3 para avaliar o pico de torque isométrico e isocinético a 60 e 120°/s para flexores e extensores do tronco. Após a avaliação, os sujeitos foram randomizados em 3 grupos de intervenção: Grupo Alta Velocidade e Baixa Amplitude (G1); Grupo Músculo Energia (G2); e Grupo Placebo (G3). Todos foram reavaliados imediatamente após a intervenção para as variáveis de dor, mobilidade e pico de torque. Resultados: Ambos os grupos (G1 e G2) que sofreram intervenção apresentaram redução significativa da intensidade da dor (p<0,01; p=0,02, respectivamente) e aumento da mobilidade após intervenção (p<0,01; p=0,01, respectivamente), sendo que o G1 apresentou melhora significativa quando comparado com o G3 para dor (p=0,033) e mobilidade (p<0,01) e com o G2 para mobilidade (p<0,01). As variáveis relacionadas ao PT não apresentaram diferença significativa em nenhum dos grupos. A razão flexão-extensão (F/E) dos PT isométrico e isocinético a 60°/s dos músculos do tronco apresentou valores abaixo das referências (0,49; 0,63, respectivamente), demonstrando um desequilíbrio muscular, com força superior de extensores do que flexores. Conclusão: A técnica de AVBA e a técnica de ME foram capazes de reduzir a dor e aumentar a mobilidade da coluna lombar imediatamente após uma intervenção em trabalhadores feirantes com dor lombar crônica inespecífica, sendo que a técnica de AVBA apresentou resultados superiores quando comparado com a técnica de ME para a variável de mobilidade.