/img alt="Imagem da capa" class="recordcover" src="""/>
Tese
Frutos não convencionais amazônicos: descrição química e propriedades antioxidantes e antiglicantes
Os frutos pertencentes às espécies dos gêneros Psidium, Eugenia e Myrcia destacam-se por sua importância econômica regional (amazônica) e nacional. Nesse trabalho, o estudo químico dos frutos amazônicos não convencionais de 3 Psidium spp., 5 Myrcia spp. e da Eugenia punicifolia foi realizado em...
Autor principal: | Ramos, Andrezza da Silva |
---|---|
Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/3272918116053673 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2020
|
Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7712 |
Resumo: |
---|
Os frutos pertencentes às espécies dos gêneros Psidium, Eugenia e Myrcia destacam-se por sua
importância econômica regional (amazônica) e nacional. Nesse trabalho, o estudo químico dos
frutos amazônicos não convencionais de 3 Psidium spp., 5 Myrcia spp. e da Eugenia punicifolia
foi realizado empregando uma abordagem metodológica pouco invasiva, centrada em métodos
cromatográficos e espectrométricos (RMN, DI-ESI-IT-MS/MS e HPLC-DAD-MS) assistidos por
ferramentas quimiométricas. Além da descrição química desses frutos, suas propriedades
antioxidantes e antiglicantes foram determinadas. Esse estudo levou à identificação de flavonoides
glicosilados (quercitrina, miricitrina e astilbina), triterpenos (ácido 2α-hidroxiursólico, guavenoico,
guajavanoico e madecássico), ácidos fenólicos (derivados de ácidos gálico, elágico e cinâmico),
elagitaninos (pedunculagina) e outros ácidos orgânicos (cítrico, málico, chiquímico e quínico),
além de ácidos graxos (linoleico, linolênico e palmítico). O teor do ácido L-(+)-ascórbico foi
quantificado por HPLC-DAD nesses frutos in natura, bem como os teores de quercitrina, ácido
elágico e gálico por RMN (ERETIC2). Os extratos metanólicos das polpas de E. punicifolia, das
sementes de M. bracteata, dos frutos inteiros verdes de M. minutiflora e das polpas e sementes
verdes de M. fenestrata apresentaram melhores respostas antiglicantes e antioxidantes. As análises
quimiométricas (PCA e HCA) mostraram que a composição química variou qualitativamente e
quantitativamente nos diferentes estágios fenológicos desses frutos. A análise por PLS demonstrou
que os elagitaninos e os flavonoides glicosilados presentes nesses frutos estão correlacionados com
as respostas antiglicantes, assim como os derivados do ácido cinâmico estão fortemente associados
às respostas antioxidantes. Assim, o estudo quimiométrico permitiu associar as respostas dos
potenciais antioxidantes e antiglicantes aos constituintes químicos presentes nessas matrizes. Dessa
forma, os resultados desse estudo químico demonstram a importância nutricional desses frutos
amazônicos devido à presença de substâncias bioativas que podem agir como antioxidantes naturais
e servir para prevenção de certas doenças relacionadas aos processos oxidativos, como tipos de
câncer e diabetes. Esses resultados motivaram o encapsulamento do suco do fruto de E. punicifolia,
cujas eficiências de encapsulação e retenção são promissoras para um bioproduto amazônico. |