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Dissertação
Avaliação da poluição por microplásticos nas águas do Igarapé do Mindu, no ambiente urbano de Manaus
Quando o material plástico é exposto a condições ambientais diversas e interação com a biota local sofre fragmentação e origina detritos, chamados de microplásticos que podem ser primários ou secundários. Porém, existe ainda a fragmentação em tamanhos inferiores a 1 nanômetro, originando os nanop...
Autor principal: | Souza, Gleice Rodrigues de |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/0871252313368975 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2020
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7809 |
Resumo: |
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Quando o material plástico é exposto a condições ambientais diversas e interação com a biota
local sofre fragmentação e origina detritos, chamados de microplásticos que podem ser
primários ou secundários. Porém, existe ainda a fragmentação em tamanhos inferiores a 1
nanômetro, originando os nanoplásticos, que são considerados potencialmente perigosos.
Além do tamanho, outros fatores que influenciam sua degradação é a origem e a composição
química. Apesar do crescente aumento de informações sobre o tema, existe pouca informação
sobre os microplásticos em sistemas de água doce. As bacias hidrográficas são unidades
importantes de fonte, fluxo e destino de poluição plástica. Manaus com suas bacias
hidrográficas possui grande influência de deposição de poluentes no rio Negro. O igarapé do
Mindu é um dos corpos hídricos mais conhecidos de Manaus cujo curso d’água é o mais
extenso do sítio urbano. Foram georreferenciados sete pontos para coleta de água no igarapé
do Mindu realizadas em quatro fases do regime hidrológico. Para o isolamento dos detritos
foram realizadas adaptações dos métodos laboratoriais elaborado pela NOAA e metodologias
utilizadas em trabalhos científicos realizados em ambientes de água doce. As classes de
tamanho foram definidas em 3 grupos: Microplásticos (> 5 mm a 0,3 mm), Microplásticos (<
0,3 mm a > 2 µm) e Nanoplásticos (< 2 µm). Obtiveram-se os dados quantitativos referentes
aos tamanhos: micropláticos (entre 0,3 mm e 2µ) e nanoplástico (inferior a 2µ), com maior
predominância para este último. Através da análise de FTIR foi possível identificar que as
amostras de micro e nanoplásticos não se tratavam exclusivamente um tipo de polímero
plástico, mas de amostras complexas que apresentaram picos de espectros de diferentes
materiais. Houve variação de concentrações nos diferentes regimes hidrológicos e perfis de
profundidade, com maiores concentrações de micro e nanoplásticos nos regimes de seca e
enchente, respectivamente. Além do isolamento de partículas micro e nanométricas, também
foi possível mensurar através de espectros principais, a presença de assinaturas de
monômeros, elastômeros e substâncias utilizadas em diferentes polímeros plásticos, que
possuem influencia da poluição por efluentes domésticos, profundidade e dispersão dos
contaminantes na coluna de água. A investigação da contaminação microplástica no igarapé
do Mindu teve efeito satisfatório, salientando a importância de pesquisas em águas de
ambientes urbanos, cuja poluição antrópica possui forte contribuição de detritos, no caso de
Manaus, o tributário igarapé do Mindu contribui para a poluição plástica do rio Negro que por
conseguinte soma ao quantitativo de 60.000 toneladas de plásticos carregadas pelo rio
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