Tese

Biodegradação de hidrocarbonetos por rizobactérias em solo de várzea da Região Amazônica contaminado com petróleo e óleo diesel

Devido ao grande impacto ambiental causado por acidentes envolvendo atividades petrolíferas e pela dificuldade do seu tratamento, os processos de biorremediação vêm sendo largamente estudados e com isso, são cada vez mais utilizados microrganismos capazes de degradar óleo. Este trabalho avaliou o po...

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Autor principal: Silva, Luana Monteiro
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/2809448470920614
Grau: Tese
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2020
Assuntos:
HPA
Acesso em linha: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7814
Resumo:
Devido ao grande impacto ambiental causado por acidentes envolvendo atividades petrolíferas e pela dificuldade do seu tratamento, os processos de biorremediação vêm sendo largamente estudados e com isso, são cada vez mais utilizados microrganismos capazes de degradar óleo. Este trabalho avaliou o potencial de biodegradação de cinco rizobactérias, identificadas como INPA R560 (Bradyrhizobim sp), R631 (Bradyrhizobim sp), R557(Bradyrhizobim sp), R677 (Rhizobium sp) e R674 (Alicyclobacillus sp) e a mistura delas em amostras de solo de várzea contaminadas com 1% de óleo diesel e petróleo. Para tal, foi realizado um experimento utilizando suspensão microbiana de cada rizobactéria e do consórcio com as cinco bactérias em 500 g de solo autoclavado e usado óleo diesel em um experimento e petróleo em outro experimento como fonte de carbono. Foram ainda utilizadas duas amostras controle para cada experimento, uma contendo solo esterilizado e outra não esterilizado, utilizando as mesmas condições das amostras, sem adição de microrganismos. Para avaliação do potencial de degradação de hidrocarbonetos aromáticos e alifáticos, foram realizadas coletas nos tempos zero, 48 horas e após o período de 21 dias no experimento com óleo diesel. No experimento com petróleo, foram feitas as avaliações nos mesmos tempos, porém com avaliação adicional no período de 10 dias. Dentre as cinco rizobactérias avaliadas, com exceção do isolado INPA R631, os valores de remoção de n-alcanos pelos demais isolados testados foram acima de 80 % após o período de 21 dias. Os consórcios, com a mistura as cinco espécies, também apresentou taxas de remoção consideráveis de n-alcanos com valor de 67,57 % no experimento com óleo diesel e 67,80 % no experimento com petróleo. Em relação à HPA as bactérias apresentaram alto potencial de degradação nas primeiras 48 horas, destacando-se a espécie INPA R557, INPA 677 e consórcio com os cinco isolados com taxas de degradação de 71,57 %, 38,18% e 41,84%, respectivamente. Dos isolados testados, dois apresentaram taxa de degradação de HPA total de 85,85% e 75,53% após o período de 21 dias, respectivamente, o consórcio com as cinco espécies apresentou taxa de biodegradação de 63,61%, valor abaixo da taxa de um dos isolados individualmente. Com alto potencial de biodegradação os isolados INPA R557 e INPA R677 podem ser utilizados para técnica de bioaumentação em solo de ambiente de vázea para biorremediação de petróleo e seus derivados, pois durante o período de 21dias reduziram os teores de n-alcanos, HPA e compostos mais complexos, como metil-estirano.