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Dissertação
Fatores nutricionais e comportamentais maternos e o baixo peso ao nascer
O peso ao nascer é um importante preditor de mortalidade neonatal precoce, morbidade e resultados de saúde a longo prazo. Anualmente, aproximadamente 20 milhões de bebês nascem globalmente com pesos inferiores a 2,5 kg. No Brasil, 8,49% dos bebês nascidos em 2017 estavam com baixo peso ao nascer....
Autor principal: | França, Elisabete Martins de |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/4128271200937639 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2020
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7964 |
Resumo: |
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O peso ao nascer é um importante preditor de mortalidade neonatal precoce, morbidade e
resultados de saúde a longo prazo. Anualmente, aproximadamente 20 milhões de bebês
nascem globalmente com pesos inferiores a 2,5 kg. No Brasil, 8,49% dos bebês nascidos em
2017 estavam com baixo peso ao nascer. O objetivo deste estudo foi identificar os fatores
nutricionais e comportamentais maternos associados com o baixo peso ao nascer. Método:
Estudo caso-controle retrospectivo com recorte do banco de dados da pesquisa intitulada
“Suplementação de cálcio em baixa dose para prevenção de pré-eclâmpsia”, com dados
coletados nas Maternidades Públicas de Manaus- Amazonas entre 2014 e 2018. No estudo
foi analisado dados de 958 mulheres, alocadas 71 mulheres e seus recém-nascidos com peso
ao nascer menor que 2500g no grupo caso e 887 mulheres com recém-nascidos com peso ao
nascer maior ou igual a 2500g no grupo controle. Foi investigado os seguintes grupos de
variáveis: dados socioeconômicos e demográficos, obstétricos, comportamentais,
nutricionais e alimentares das mães e características do recém-nascido. Para analisar as
relações entre a variável desfecho com as demais variáveis foi utilizado o teste de Qui-
quadrado, considerando as associações estatisticamente significantes os valores de p<0,05.
Associação entre o baixo peso ao nascer e a variáveis independentes foram analisadas por
meio de Regressão Logística com Intervalo de confiança de 95% e expressas pela Odd Ratio
– OR. Na regressão logística múltipla, adotou-se como critério de entrada o valor descritivo
p<0,20 e para permanecer no modelo final significância p<0,05. Resultados: A prevalência
de baixo peso ao nascer foi de 7,41%, sendo as chances de dar à luz a um bebê com baixo
peso ao nascer aproximadamente 2 vezes maior entre as mulheres nulíparas (ORa=1,91;
IC95%=1,00-3,66), 5 vezes maior entre as mulheres que realizaram 3 ou menos consultas
pré-natal (ORa= 5,35; IC95%= 2,02-14,17) e entorno de 72 vezes maior entre aquelas que
tiverem seus filhos com menos de 37 semanas gestacionais (ORa= 72,92; IC95%= 33,91-
156,79). Além disso, a probabilidade de baixo peso ao nascer diminuiu quando a gestante
apresentava excesso de peso pré-gestacional (ORa=0,40; IC95%= 0,19-0,82). Conclusão:
Neste estudo foi evidenciado que os preditores independentes do baixo peso ao nascer são
paridade, o número de consultas pré-natal e a idade gestacional. |