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Tese
Nanoemulsões carreadas com óleos essenciais de Piper alatipetiolatum e Piper purusanum (Piperaceae) como bioinseticidas no controle dos vetores da dengue e malária
Os mosquitos dos gêneros Aedes e Anopheles são os principais transmissores da dengue, chikungunya, zika e malária, respectivamente em todo o mundo. O controle desses vetores é um problema de saúde pública devido à resistência aos inseticidas sintéticos. Contudo, nanoemulsões carreadas com óleos e...
Autor principal: | Oliveira, André Correa de |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/6365703429939147, https://orcid.org/0000-0001-9258-3108 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2020
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7973 |
Resumo: |
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Os mosquitos dos gêneros Aedes e Anopheles são os principais transmissores da dengue,
chikungunya, zika e malária, respectivamente em todo o mundo. O controle desses
vetores é um problema de saúde pública devido à resistência aos inseticidas sintéticos.
Contudo, nanoemulsões carreadas com óleos essenciais apresentam uma ferramenta
alternativa e segura no controle desses mosquitos. O objetivo deste estudo foi identificar
a eficiência das nanoemulsões carreadas com os óleos essenciais de Piper alatipetiolatum
e Piper purusanum no controle dos vetores de arboviroses e malária. O óleo essencial de
P. alatipetiolatum com rendimento de 7,6 ± 0,3% foi caracterizado majoritariamente com
sesquiterpeno (63%) e sesquiterpenos oxigenados (33%). As principais substâncias foram
ishwarone (78,58%), β-elemeno (6,87%), ishwarane (2,36%) e selin-11-en-4α-ol (2,88%)
e ishwarol B (8,2%). Enquanto o óleo essencial de P. purusanum extraído com
rendimento de 4,2 ± 0,7% foi constituído majoritariamente de sesquiterpenos (53,8%),
sesquiterpenos oxigenados (30,7%) e monoterpenos oxigenados (15,3). As principais
substâncias identificadas no óleo essencial de P. purusanum foram β-cariofileno
(57,05%), α-humuleno (14,50%), germacreno D (8,20%), β-selineno (2,10%), α-selineno
(4,42%), δ-cadineno (2,04%), E-nerolidol (4,23%) e óxido de cariofileno (3,46%). Os
óleos essenciais de P. purusanum e P. alatipetiolatum na concentração de 31,25 ppm
inibiram a eclosão de 100% dos ovos de Aedes aegypti e A. albopictus, enquanto na
concentração de 200 ppm causaram a morte de 100% de larvas (CL50 de 33,74 a 62,33
ppm) e de 89 e 94% de pupas (CL50 de 66,17 a 91,39 ppm) de A. aegypti e A. albopictus,
respectivamente, ao mesmo tempo em que na concentração de 125 ppm mataram 100%
das larvas de Anopheles darlingi, An. triannulatus, An. nuneztovari e An. albitarsis (CL50
de 48,60 a 52,60 ppm). Essas atividades foram correlacionadas à inibição da AChE com
percentuais de inibição de 83 e 88% (IC50 de 2,14 e 1,94 μg/mL). Além disso, os óleos
essenciais também demonstraram atividade antimicrobiana contra Enterococcus faecalis
e Staphylococcus aureus com CIM de 0,5 a 125 μg/mL. A segurança dos óleos essenciais
foi avaliada contra organismo aquático não-alvo, Artemia salina com CL50 de 2.122,07 a
2.231,95 μg/mL. As nanoemulsões carreadas com os óleos essenciais de P.
alatipetiolatum (NEPa) e P. purusanum (NEPp) foram constituídas com nanopartículas
de morfologia aproximadamente esférica com tamanhos médios de 135 e 315,6 nm, PDI
de 0,044 a 0,092, pH entre 4,9 a 5,7 e potencial zeta de -14,40 a -8,51 mV. NEPa e NEPp
nas concentrações de 31,25 ppm inibiram 100% dos ovos, enquanto que na de 25 ppm
mataram 100% das larvas (CL50 de 4,01 a 5,40 ppm) e 83 a 100% das pupas (CL50 de
5,34 a 7,69 ppm) de A. aegypti e A. albopictus, respectivamente. Em sequência, de 94 a
100% das larvas de Anopheles morreram na concentração de 25 ppm (CL50 de 3,87 a 9,81
ppm). O efeito residual das nanoemulsões foi superior aos óleos essenciais, com
percentual 100 a 2% de larvas de A. aegypti e A. albopictus mortas entre o 1° a 10° dia,
respectivamente. Esses resultados demonstram que as nanoemulsões carreadas com os
óleos essenciais de P. alatipetiolatum e P. purusanum são uma ferramenta segura no
controle das populações de Aedes e Anopheles. |