As lesões gástricas são comuns na prática clínica, com maior prevalência na América Latina, responsáveis pelo desenvolvimento de neoplasias gástricas malignas, sendo estas a segunda maior causa de mortes. Em virtude disso, o presente trabalho teve por objetivo analisar os principais acometimentos e o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes que foram submetidos à biópsia gástrica em um hospital de referência no município de Manaus. Para isso, foi realizado um estudo retrospectivo, observacional, descritivo, transversal, em que se avaliou o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes que foram submetidos à biópsia gástrica, durante o período de julho de 2019 a novembro de 2019. Observou-se que, dentre os 70 participantes da pesquisa, a maioria era do gênero feminino, ou seja, 58,6% e o sexo masculino correspondeu a 41,4%. Enquanto que 48,6% apresentavam histórico familiar de câncer, 57,1% eram etilistas, 42,9% tabagistas, 50% consumiam uma alimentação rica em sódio e 62,9% tinham diagnóstico de Helicobacter pylori. Além disso, observou-se, também, que 90% dos participantes da pesquisa tinham um período de espera, para a coleta da biópsia gástrica, superior a oito meses, que os impedia de iniciar o devido tratamento ou a identificação do seu estadiamento. Identificou-se, por meio das biópsias gástricas, que há uma prevalência no número de casos de pacientes com gastrites. Variáveis sociodemográficas como idade, sexo, renda familiar associados a presença de infecção pela bactéria H. pylori, mostram uma maior predisposição ao desenvolvimento de lesões neoplásicas. Em virtude disso, é essencial que sejam identificadas, precocemente, as lesões gástricas para que se possa atuar de forma preventiva.
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