Tese

Efeitos do uso de probi?ticos na microbiota intestinal, estado cl?nico-nutricional e imunol?gico de pacientes gastrectomizados por c?ncer g?strico: um ensaio cl?nico randomizado ? PRONIC-G

Introdu??o: O c?ncer g?strico (CG) e? a quinta neoplasia mais frequente no mundo, com mais de 1 milh?o de novos casos por ano. A etiologia mais aceita se baseia na influ?ncia da muta??o tecidual promovida por uma bact?ria da microbiota comensal g?strica chamada H. pylori. O tratamento padr?o ouro pa...

ver descrição completa

Autor principal: Paz, ?bner Souza
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9419952597658607, http://orcid.org/0000-0003-2940-446
Grau: Tese
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2024
Assuntos:
.
.
.
Acesso em linha: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10289
Resumo:
Introdu??o: O c?ncer g?strico (CG) e? a quinta neoplasia mais frequente no mundo, com mais de 1 milh?o de novos casos por ano. A etiologia mais aceita se baseia na influ?ncia da muta??o tecidual promovida por uma bact?ria da microbiota comensal g?strica chamada H. pylori. O tratamento padr?o ouro para o CG ? a cirurgia de remo??o total ou parcial do est?mago, procedimento que tem grande poder de modificar a microbiota humana, cujas mudan?as ainda s?o pouco compreendidas no Amazonas. Diversos fatores podem tamb?m contribuir para altera??es da microbiota intestinal em pacientes com c?ncer g?strico, o que pode culminar tanto na piora de desfechos cl?nicos quanto na modifica??o do perfil da microbiota intestinal, aliado ao comprometimento do padr?o de resposta imunol?gica, por?m os dados que corroborem essa afirmativa s?o escassos, o que motivou o estudo da microbiota intestinal na popula??o amazonense. Objetivos: Avaliar o perfil da microbiota intestinal, estado nutricional, imunol?gico e perfil inflamat?rio, antes e ap?s a cirurgia de remo??o total ou parcial de est?mago (gastrectomia) por c?ncer g?strico em pacientes que usaram suplementos probi?ticos. Materiais e m?todos: Trata-se de um estudo cl?nico randomizado controlado, prospectivo, composto de cinco grupos ? G1, G2, G3, G4 e G5, em que se avaliou o uso de probi?ticos, tanto na modula??o da resposta imune quanto no perfil da microbiota intestinal e na redu??o de complica??es cir?rgicas. Resultados: Foram avaliados, no primeiro tempo do estudo, no per?odo de dezembro de 2020 a maio de 2022, 24 pacientes, com m?dia de idade de 58,8?14,4 anos (intervalo de 24 a 81 anos), cuja maioria era do sexo masculino (70,8%) e com adenocarcinoma (83,3%). Avaliaram-se suas vari?veis cl?nicas, tais como circunfer?ncia muscular do bra?o (P=0,006), ?ngulo de fase (P= <0,001), espessura do m?sculo adutor do polegar (P=0,005) e especialmente calprotectina fecal (P=<0,001). Quanto ?s citocinas inflamat?rias, demonstrou-se que n?o houve diferen?as estatisticamente significativas quando comparados os grupos probi?tico e n?o probi?tico, por?m o grupo com uso de probi?tico parece ter respondido bem a algumas citocinas (CXCL-8, TNF-?, IL-17a, IL-4) (p-valor >0,05), das quais a IL-17a foi a que mais se mostrou estatisticamente significante (p-valor <0,001). Dados da microbiota intestinal demonstraram que um filo foi digno de nota, o Proteobacteria, com 10,4%, o que demonstra um padr?o de disbiose no grupo c?ncer. Sobre os g?neros, o de maior abund?ncia foi o Streptococcus (p-valor 0,019); quando se observam as compara??es entre microbiota e citocinas, Alloprevotella (p-valor 0,004) e Christensenellaceae_R-7_group (p-valor 0,01) foram diferencialmente abundantes, por?m reduzidas no contexto de muitas complica??es, das quais Alloprevotella ? um biomarcador para c?ncer g?strico. No segundo tempo do estudo, foram avaliados 52 pacientes ao total, cujas complica??es mais comuns foram n?useas e v?mitos (N=39, 75%). Houve um maior percentual entre os que foram classificados com muitas complica??es (60%) no grupo probi?tico (+), o que mostra, portanto, que n?o houve interfer?ncia positiva na redu??o de complica??es ao usar sete dias de probi?ticos conforme o protocolo deste estudo. Conclus?o: ? poss?vel inferir que o c?ncer tem um papel importante na manuten??o da disbiose intestinal e que um tempo maior de uso de probi?ticos deve ser considerado para que haja modula??o intestinal da microbiota e do perfil inflamat?rio nos pacientes com c?ncer g?strico.