Ainda que, haja cidades sustentáveis ou mais integradas à natureza, o estilo de vida adotado
por muitas metrópoles mundo afora, tem contribuído para o distanciamento das pessoas da
natureza. No entanto, os Parques Verdes Urbanos (PVUs), apresentam uma excelente
oportunidade de interconectar a natureza e as pessoas, e assim contribuir para a
transformação da relação pessoa-natureza. No caso das crianças e adolescentes, as escolas
são o meio majoritário do acesso ao ambiente natural e os professores os mediadores das
relações dos estudantes com e na natureza. No presente estudo, se propôs compreender os
sentidos dados ao PVU Bosque da Ciência (BC) como elemento diferenciador na Educação
Ambiental (EA) em suas variadas dimensões, por grupos escolares do ensino básico de
Manaus. Trata-se de uma pesquisa descritiva-exploratória por meio de um estudo de caso.
Os instrumentos empregados foram Observação Walkthrough, Observação Mapa
Comportamental, Entrevista e Desenho Coletivo, os participantes totalizaram 536 alunos e
25 professores. As informações geradas pelas observações permitiram a análise descritiva
do ambiente e do comportamento dos professores e alunos que participaram de visitas
escolares no BC. Esta pesquisa apresentou um inventário das potencialidades educativas
existentes no BC. Os elementos naturais foram apontados pelos professores como estímulo
para prática transdisciplinar, já para os alunos provocaram emoções, através de experiências
sensoriais. Os alunos demonstraram desejo de aprender nessa imersão na natureza, em que
houve vivências reflexivas que abarcam os diferentes objetivos da EA para a Cidadania
Ambiental. O BC foi considerado educador por natureza pela maioria dos professores, mas
alguns condicionaram o caráter educador à oferta de mediação capacitada e disponibilização
de práticas educativas ao público escolar. Assim, se apresenta a gestão do BC, o desafio de
oferecer formação aos professores, para a obtenção da competência de realização de visitas
autônomas, com condições de incitar discussões produtivas e orientar processos de
descoberta por parte dos alunos. Ao final são apresentadas algumas sugestões para a gestão
do BC.
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