Este trabalho tem como objetivo identificar de que forma o ensino de Química pode ser considerado inclusivo dentro de uma diversa sala de aula de ensino médio, respeitando a cada particularidade encontrada e promovendo o desenvolvimento intelectual dos educandos. Esta pesquisa justifica-se pela carência de didáticas que alcancem a todos os alunos presentes na sala de aula, tornando o processo de ensino excludente e a aprendizagem sem significado aos pensamentos dos aprendizes, impossibilitando seu desenvolvimento intelectual de acordo com a Teoria de Aprendizagem em Espiral – TAE – elaborada por Jerome Bruner na década de 60. Esta teoria fundamenta este trabalho por conter elementos que entram em consonância com um processo educativo que prioriza o aluno numa aquisição autônoma de conhecimento, fomentando sua predisposição à aprendizagem por meio de didáticas variadas que valorizem os conhecimentos pré-existentes dos estudantes e os motivem por meio do processo da descoberta, despertando seu interesse através da curiosidade. Para tanto, utiliza-se uma de uma abordagem essencialmente qualitativa, porém com dados quantitativos que auxiliam na obtenção de indicadores acerca dos pontos chave da investigação – diversidade, inclusão e desenvolvimento intelectual – por meio do processo investigativo de estudo de caso, aplicando-se uma sequência didática que inclui 6 abordagens distintas para o ensino de funções inorgânicas (ácidos e bases), caracterizando o currículo em espiral proposto pela TAE, para uma turma de estudantes voluntários da primeira série do ensino médio, de uma escola da rede estadual de educação pública situada no centro da cidade de Manaus. Deste modo observa-se que a diversidade na sala de aula é uma realidade com a qual os professores são impelidos a lidar no exercício de seu oficio, precisando para isto, estar munido de variadas metodologias e didáticas para a promoção da aprendizagem com significado de todos os alunos presentes, caracterizando um ensino inclusivo e qualidade, o que permite concluir que abordagens variadas de um mesmo conteúdo, conforme o que preconiza a TAE, podem ser um caminho adequado ao processo de ensino e aprendizagem inclusivo, possibilitando o desenvolvimento intelectual de todos os alunos presentes na sala de aula.
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