Esta dissertação apresenta a rede social Facebook em uma perspectiva transdisciplinar do conceito de Ecossistema Comunicacional, integrando arcabouços teóricos para a construção de uma proposta teórico-metodológica na construção dos conceitos de Protagonismo, Pseudo-Protagonismo e Tribos Morais. Resultado de tempos pós-modernos que possibilitaram a criação de um ambiente baseado na individualidade, na tomada do espaço público pelo discurso privado e pelo agrupamento identitário em detrimento das questões públicas e do bem-comum, a rede social Facebook é analisada com base na bricolagem teórica conjuntiva aplicada metodologicamente em uma pesquisa netnográfica aos acontecimentos ocorridos no ambiente virtual, tendo como ponto de partida as eleições de 2018, que fomentaram a divisão identitária do país nos mais variados níveis. Trata-se de uma abordagem que considera as redes sociais como um ambiente ecossistêmico comunicacional complexo, de cunho privado e capitalista, portanto, forjado para gerar lucro, que molda as superestruturas e direciona as formas de interação entre os atores, que são, ao mesmo tempo, sujeitos e objetos que se auto organizam autopoieticamente sob a ilusória autonomia que transforma posts em engajamento no intuito de atingir os objetivos dos interesses comerciais de quem paga a conta. É a análise de um ambiente ecossistêmico comunicacional em toda a sua complexidade e dialogicidade dos elementos que o constituem.
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