A Amazônia brasileira, é parte da maior floresta tropical úmida do mundo e
detentora da maior biodiversidade encontrada no planeta. Abriga não só
espécies nativas, mas também espécies migratórias, como a andorinha-azul,
Progne subis. Esta espécie faz parte do grupo de insetívoros aéreos migratórios
com registros de declínios populacionais, cujos motivos não são bem
entendidos. Apesar de serem bem estudadas quanto a sua área de reprodução,
as andorinhas-azuis ainda não foram amplamente estudadas em sua área de
invernagem. Por isso, neste trabalho buscamos entender de que forma as
andorinhas-azuis tem usado a paisagem, se está ocorrendo seleção de
diferentes tipos de hábitat e de que forma essas informações variam entre os
períodos do dia e em duas escalas contrastantes. Para isso, utilizamos um
conjunto de pontos de localizações de 33 indivíduos e funções de seleção de
recursos implementados com modelos lineares generalizados. A partir disso,
descrevemos um padrão de seleção de hábitat para as andorinhas, mostrando
que há diferenças no uso e seleção entre o dia e a noite. Estes dados inéditos
sobre utilização da paisagem pelas andorinhas-azuis, dão novos
direcionamentos acerca do seu comportamento nas áreas de invernagem.
Sendo estes, importantes para o entendimento e desenvolvimento de planos de
conservação não só para esta espécie, mas para as aves insetívoras aéreas
como um todo.
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