A pesquisa objeto dessa dissertação nasceu das inquietações do homem-docente pesquisador que, nas idas e vindas da vida pessoal e profissional foi se constituindo sujeito
incomodado com o equívoco entre exames e avaliações no âmbito escolar. O que se
configurou como possibilidade de investigação a partir do ingresso no Programa de Pós graduação em Ensino de Ciências e Humanidades quando focalizamos nosso olhar para o
problema: como os discentes do Ensino Médio Técnico Integrado percebem a avaliação da
aprendizagem escolar no IFAM, Campus Lábrea? A partir disso, delineamos como objetivo
geral analisar a percepção de estudantes do 2º ano do Ensino Médio Técnico Integrado do
IFAM, Campus Lábrea sobre a avaliação da aprendizagem. O referencial teórico metodológico se sustentou no ciclo de políticas e em autores que se dedicam ao estudo da
avaliação da aprendizagem. A metodologia ancorou-se na abordagem qualitativa, na pesquisa
documental e de campo, tendo como instrumento de coleta de dados o questionário com
perguntas objetivas e subjetivas que foi aplicado via on-line através da ferramenta Google
Forms, contendo 13 questões (7 objetivas e 6 subjetivas). A aplicação foi realizada dessa
maneira em função da necessidade do distanciamento social advindo com a crise sanitária
global provocada pela pandemia da Covid-19. Os resultados do processo de coleta e análise
foram organizados em três eixos: diálogo e investigação no processo avaliativo; dinâmica da
prática pedagógica avaliativa; coerência entre a prática avaliativa e o conteúdo curricular. A
partir disso, apresentamos algumas sínteses conclusivas: há documentos norteadores para
avaliação no contexto nacional e local, entretanto, falta o Projeto Político Pedagógico
Institucional - PPPI específico para a realidade do Campus Lábrea que observa plano
institucional do IFAM do Amazonas (Resolução nº 61-CONSUP/IFAM, de 29 de julho de
2019); constatou-se a prevalência da Pedagogia Tradicional legitimada nas provas, na forma
de correção e feedback e até na inconsistência entre o que era ensinado e o que era cobrado
nas provas; não se observa na prática o desenvolvimento de uma política pedagógica
“produzida” na atuação; na prática não se constata uma perspectiva construtiva de educação.
As respostas das/os participantes da pesquisa evidenciam a existência de professores que
continuam usando as luzes pedagógicas opacas de uma Pedagogia Tradicional e excludente
do passado para olhar a educação do presente.
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