Esta dissertação objetiva analisar as memórias narrativas das professoras e professores egressos e docentes do Curso de Letras do IEAA-UFAM e buscar detectar em que momento a Literatura de Autoria Feminina (LAF) foi apresentada a estas/estes docentes e se as memórias narradas se refletem, de alguma forma, em suas práticas pedagógicas no ensino de literatura. Os objetivos específicos são: I. Mostrar os aspectos históricos de produção da LAF no contexto brasileiro; II. Identificar elementos que mostrem a LAF na formação inicial dos/das professores/as do curso de Letras do IEAA-UFAM a partir de documentos oficiais do Curso; III. Analisar as narrativas das/dos docentes do Curso de Letras do IEAA-UFAM e também das/dos professoras/es que são egressas/os do Curso de Letras, a respeito de suas memórias marcadas pela LAF, verificando se estas se refletem em suas práticas pedagógicas no ensino da Literatura, Linguagens e Língua Portuguesa. O arcabouço teórico que sustenta esta dissertação está articulado entre o campo dos Estudos Culturais, os Estudos Feministas, os Estudos sobre a Memória, Formação Docente, entre outros que se aproximam da temática. Os procedimentos metodológicos utilizados têm por base os estudos pós-críticos de pesquisa em educação, com foco nas entrevistas narrativas. O estudo mostra vários pontos da história da LAF no Brasil até o município de Humaitá-AM, também traz as narrativas dos/das docentes sobre a sua formação inicial, apontando quando a LAF começou a fazer parte da vida de cada um/uma, a identificação deles com as autoras, de forma que a educação acontecia na escola e fora dela. Durante o estudo são também apresentadas as grades curriculares do Curso de Letras do IEAA-UFAM (a antiga e a atual), são apontadas disciplinas que trabalham com a LAF e fornecidas sugestões de outras que poderiam incluí-la. E, por fim, ao analisar as memórias narrativas dos sujeitos detectou-se que estes têm memória da LAF e se identificaram com elas. Alguns, sob influência de suas memórias, levam a LAF para sua práxis de sala de aula, outros ainda estão se organizando para fazer isso e apenas um entrevistado afirmou não ter nenhum tipo de influência da LAF.
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