A prematuridade é considerada um sério problema de saúde pública. O alto índice de neonatos de baixo peso ao nascimento no Brasil está relacionado a um elevado percentual de mortalidade neonatal, sendo essa temática foco do Ministério da Saúde. A vivência da maternidade envolve diversas mudanças e quando a prematuridade e a necessidade de internação do bebê surgem como problemas inesperados, pode-se desencadear uma crise para a mãe e família. Nesse contexto, o Apoio Social pode ser considerado fator importante que influencia a vivência das mães de bebês prematuros. Esta pesquisa teve como objetivo compreender a importância do Apoio Social para mães de recém-nascidos prematuros internados em uma Maternidade do município de Manaus-AM. De forma mais específica, buscou-se: identificar as dimensões do Apoio Social de maior relevância para essas mulheres e seu impacto na vivência da problemática; caracterizar a Rede Social Significativa dessa população em termos de suas dimensões constitutivas; e analisar como a rede pública de saúde pode se constituir como fonte de Apoio Social para essas mulheres. Como metodologia, foi desenvolvida uma pesquisa mista, integrando métodos qualitativos e quantitativos. Para coleta de dados foram utilizados: levantamento de dados sociodemográficos; entrevista semiestruturada; e Mapa Mínimo de Relações. Participaram da pesquisa seis mães de bebês prematuros que estavam internados na Maternidade Azilda da Silva Marreiro. A análise de dados qualitativos foi feita com base na Análise de Conteúdo sob a perspectiva da Psicologia Histórico-Cultural. A análise dos dados quantitativos foi embasada na Teoria das Redes Sociais. Como resultados, a revisão de literatura realizada apontou que o Apoio Social desempenha um papel de manutenção da saúde mental das mães, é um fator importante no enfrentamento da experiência de internação e, ainda, que a atuação da equipe de saúde é considerada uma fonte significativa de Apoio Social. Os resultados das entrevistas semiestruturadas mostraram que o Apoio Emocional, Material e Informacional foram funções importantes destacadas pelas participantes, sendo a Família e a Equipe de Saúde as principais fontes de Apoio Social. Situações que se configuraram como falta de Apoio Social impactaram negativamente na experiência da internação. A UBS foi descrita como o serviço da rede pública de saúde ao qual as participantes têm mais acesso. A análise dos MMRs mostrou que a maior parte dos vínculos significativos estão dispostos no quadrante Família e Relações Comunitárias, que inclui os profissionais de saúde. Apoio Emocional foi a função mais assinalada pelas participantes. Dos vínculos familiares, os quais desempenham maior quantidade de funções, a Ajuda Material e de Serviços teve maior evidência. Dos vínculos representados de profissionais de saúde, a função com maior destaque foi a de Apoio Emocional e a maior frequência dos contatos também acontece com esse grupo. Como conclusão, a pesquisa mostra que o Apoio Social tem um importante papel na vivência das mulheres mães de bebês prematuros, auxiliando no enfrentamento da problemática apresentada. É imprescindível a conscientização e preparo dos profissionais de saúde para fornecer Apoio Social adequado e assim estabelecer uma prática humanizada, qualificada e focada nas necessidades desse público.
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