A mandioca está entre as espécies mais cultivadas e consumidas pela população a partir de seus derivados, tais como, farinha, tucupi e goma, além de ser fonte de renda. Na mesorregião do Alto Solimões os agricultores familiares plantam em ecossistema de terra firme e de várzea, onde é comum a ocorrência de plantas invasoras. Estas são frequente durante o ciclo de desenvolvimento da
mandioca, o que justifica a importância de conhecê-las. Neste sentido, o objetivo da pesquisa foi avaliar a dinâmica de plantas invasoras de plantios de mandioca em ecossistemas amazônicos no Alto Solimões. A pesquisa foi realizada no ano de 2021 nas comunidades Guanabara I, em terra firme e São José, na várzea. Foram analisadas as características químicas e físicas dos solos cultivados com
mandioca, o levantamento fitossociológico das plantas daninhas e a descrição morfológica das variedades de mandioca. As informações e observações sobre as práticas de manejo nas comunidades foram obtidas junto aos agricultores nas áreas de cultivo. O solo de várzea apresentou maior nível de fertilidade em relação ao de terra firme. Pela classificação botânica, em terra firme foram encontrados
9.369 indivíduos distribuídos em 34 famílias e 39 espécies, enquanto na várzea foram 6.112 indivíduos, 15 famílias e 25 espécies. A classe Monocotiledônea predominou em relação à Eudicotiledônea nos dois ecossistemas. A espécie Panicum trichoides foi a mais importante e apresentou maior peso de matéria seca. As variedades de mandioca cultivadas em terra firme foram Racha terra, Milagrosa, Bacu, Sumaúma, Pão, Tucura e Pirapitinga, e na várzea foram Olho roxo e Pirapitinga. As práticas de manejo do solo, das plantas invasoras e da mandioca são diferentes devido as características de cada ecossistema.
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