“Do despovoamento à necessidade de colonizar”: cultura política e ações de governos no Amazonas dos anos 30
Esta dissertação procura analisar o processo discursivo que a elite político-econômica amazonense construiu em torno do “êxodo dos seringais”, decorrente da crise exportadora da borracha, que intensificava o “vazio demográfico” da Amazônia. Os discursos foram elaborados e disseminados em documentos...
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Esta dissertação procura analisar o processo discursivo que a elite político-econômica amazonense construiu em torno do “êxodo dos seringais”, decorrente da crise exportadora da borracha, que intensificava o “vazio demográfico” da Amazônia. Os discursos foram elaborados e disseminados em documentos oficiais e em textos jornalísticos, assim como a elite encaminhava suas preocupações ao governo federal, tendo como consequência a construção de políticas desencadeadas em ações de fixação de extratores de produtos florestais ao solo e do planejamento de uma colonização da Amazônia com intuito de integrá-la e de constituí-la numa “grande civilização”. Para que as ações dos interventores e governadores nos anos 30 tivessem adesão de seus pares, elas foram intermediadas por uma cultura política de amor a terra, o “glebarismo”, constituída e usada como justificativa para cooptar extratores por meio de uma rede de imobilização da força de trabalho junto as grandes propriedades de exploração da Hevea brasiliensis e da Bertholletia excelsa, esta última se destacando em número de exportação no mercado externo com suas castanhas num determinado momento dos anos 30. |